O novo comandante já começou a trabalhar no Estádio Alfredo Jaconi. O técnico Eduardo Baptista chegou no final de semana, assistiu a vitória contra o Guarany-Ba e já iniciou as atividades de campo, visando a última rodada do Gauchão, e o planejamento para a Série A. Ele comandou primeiro treinamento nesta terça-feira (8). Serão quatro trabalhos até a estreia no comando da equipe. No sábado (12), às 16h30min, o Juventude encara o Brasil-Pel, no Estádio Bento Freitas, já com o novo treinador à beira do campo.
Eduardo Baptista foi apresentado oficialmente aos jogadores e à imprensa e concedeu a sua primeira entrevista coletiva. Em quase 15 minutos, o treinador falou sobre a expectativa de comandar o Juventude, a boa relação com os profissionais da comissão técnica permanente do clube, o retorno à Primeira Divisão e o planejamento para o Brasileirão.
— Primeiro, é um honra estar aqui no Juventude. É uma grande equipe e poder jogar uma Série A. É um momento muito feliz. Chego muito motivado. Tivemos a oportunidade de acompanhar a equipe ao vivo contra o Guarany, mas antes assisti todos os jogos. É um time que teve um início ruim e isso pesou o lado emocional. A equipe está num processo de recuperação. Precisamos fechar esse livro do Gauchão bem. Depois, teremos um período importante de três a quatro semanas para trabalhar e reforçar a equipe. A expectativa é muito boa — afirmou o técnico.
A estreia no comando do Juventude acontece num momento delicado. O Verdão está em fase de recuperação com o técnico interino Eduardo Barros. Neste momento, está fora da zona do rebaixamento do Gauchão, porém ainda há risco. Mesmo assim, Eduardo Baptista assumirá a equipe na última rodada diante do Brasil-Pel.
— Eu sou um treinador de campo e eu gosto de trabalhar. O quanto antes eu estiver no campo, mais tempo terei para conhecer os atletas e intervir para o Brasileirão. Lógico que para o jogo contra o Brasil-Pel, as mudanças serão quase nulas. Eu vou aproveitar quase tudo que o Eduardo Barros deixou. Ele vai estar do meu lado. Se não ocorrer um problema clínico, deve ser a mesma equipe. A minha entrada no campo é para os jogadores me conhecerem e eu conhecer eles. O contato do campo nada compara — disse Baptista, que completou:
— Vamos assumir tudo. Vou estar com o Eduardo Barros e dando respaldo pra ele. Vou estar à frente. Não dá tempo de mexer em um jogo tão importante. Vamos dar sequência nas ideias, mas a gente vai estar discutindo e fazendo o que estava sendo feito. Depois que encerrar a competição, aí sim colocar a nossa filosofia.
RETORNO À SÉRIE A
Eduardo Baptista chega ao Juventude sem o acompanhamento de outros profissionais. Com isso, ele terá a exclusivamente a comissão técnica permanente do clube. Eduardo Barros e Lucas Zanella como auxiliares, Gian Oliveira como preparador físico e Márcio Angonese como preparador de goleiros.
— Coincidentemente, o Juventude tem pessoas de meu convívio. O Eduardo Barros é meu conterrâneo de Campinas. Já existia um desejo de trabalharmos juntos. Já conversamos algumas vezes. É meu companheiro de classe nas licenças da CBF A e pró. Por quatro anos fomos colegas de aula. As ideias batem muito. Na oportunidade de vir para cá, as pessoas que trabalham comigo já estão empregadas. Eu conversei com a diretoria de poder contar com o Eduardo Barros. É uma pessoa de minha confiança. O Gian Oliveira (preparador físico) já tenho contato há muito tempo. Não trabalhamos juntos, mas fomos adversários na mesma cidade. Sempre tivemos contato. O Barbarotti já trabalhamos juntos. É um lugar que me sinto seguro e protegido — comentou o técnico.
Após excelente trabalho no Mirassol, Eduardo Baptista recebe nova oportunidade na Série A do Brasileirão. O treinador já trabalhou no Sport, Fluminense, Palmeiras, Ponte Preta, Athletico-PR, Coritiba, entre outros. A última passagem do técnico comandando uma equipe da Primeira Divisão aconteceu em 2018, no Sport. Entre 2014, quando estreou como treinador do Sport, e 2018, Eduardo Baptista figurava em grandes clubes do futebol brasileiro e na Série A. Quatro anos depois, encontrará um cenário diferente.
— O principal ponto de diferença de Série A é o intercâmbio. São muitos treinadores de outros países e outras escolas. Temos que aproveitar esse momento para desenvolver e aprender. Vai ser um campeonato que precisaremos estudar e se preparar mais, porque enfrentaremos outras ideias. Será um campeonato difícil e teremos que estar preparados. Precisamos ter variações táticas e não se prender numa situação só — finalizou.