O Juventude encerrou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro com uma grande atuação. Com personalidade e um bom desempenho, a equipe do técnico Marquinhos Santos vencia o Corinthians até os 40 minutos do segundo tempo, mas sofreu o empate. O Verdão neutralizou o adversário, principalmente no primeiro tempo e teve as melhores oportunidades do jogo. Mesmo sem vencer, o Ju conseguiu interromper uma sequência de três vitórias seguidas do time paulista.
— Foi um grande jogo. Para quem gosta de futebol e vê a parte tática, foi um xadrez. As estratégias das equipes prevaleceram. Acho que fomos muito felizes na nossa estratégia no primeiro tempo, de avançar a marcação, algo difícil. Mostramos que temos condição e capacidade. O time está evoluindo. O grupo como elenco também, porque entramos com peças diferentes, mas o modelo se manteve. O sentimento de frustração nos jogos que empatamos e jogamos bem, só mostra que estamos no caminho. Neutralizamos jogando ofensivamente — comentou o técnico Marquinhos Santos
O treinador alviverde fez cinco modificações no time titular para esse jogo. Mesmo com alterações de nomes e, até mesmo, do padrão tático, o Ju mantém o rendimento. Essa foi a característica do primeiro turno. A cada jogo, uma estratégia diferente.
— No estágio que o Juventude se encontra, não é demérito tendo essa ascensão da Série B para a Série A, precisávamos de um elenco de guerreiros. Perdemos jogadores e fomos ao mercado para buscar mais opções. O conceito de jogo foi construído na minha chegada, na dificuldade do Gauchão. É mérito do elenco — comentou Marquinhos.
Uma das mudanças para enfrentar o Corinthians foi na zaga. Juan Quintero ganhou a titularidade no lugar de Rafael Forster.
— Escolhemos ele por característica e por aquilo que temos falado. Não temos 11 titulares e o Forster entrou muito bem. Não é fácil entrar como zagueiro, num momento do jogo difícil, e o Forster correspondeu muito bem. Temos que analisar e tomar decisões. Momentos que um não esteja tão bem, temos que optar por quem está melhor em determinando momento da competição. Isso é natural e vai acontecer. Não significa que o Quintero é titular e o Forster é reserva. Não temos 11 titulares, temos um grupo titular— explicou Marquinhos.
A grande dificuldade do Juventude na primeira parte do campeonato é o ataque. O setor ofensivo apresentava pouco poder de produção no começo da competição, no entanto, a evolução é notória. Contra o Corinthians, foi o time que mais criou e, além disso, conseguiu uma marca importante: o sétimo jogo seguido marcando, pelo menos, um gol.
— Estamos trabalhando gradativamente. Sabemos que o modelo de jogo é construído de trás para frente. Procuramos acertar o sistema defensivo, fomos para a área de criação e mérito dos jogadores. Esse elenco me dá muito orgulho. O grupo tem trabalho e correspondido. Esse aspecto ofensivo temos trabalhado incansavelmente — finalizou o treinador alviverde.