Após o atacante Juliano ser suspenso por doping, o Caxias chegou a um acordo com o jogador para rescisão do contrato esportivo, que iria até novembro. Em contrapartida, será firmado um pré-contrato para retornar ao elenco no Campeonato Gaúcho de 2022.
Juliano foi notificado de um exame positivo em julho e seguiu atuando. Antes do julgamento, ele chegou a um acordo com o Tribunal da Associação Brasileira de Controle e Dopagem (ABCD) e aceitou a suspensão de quatro meses. A lei prevê uma suspensão mínima de dois anos, porém o caso do atacante foi considerado peculiar e, por isso, houve a possibilidade de uma pena reduzida.
— Fizemos um acordo para rescindir agora e voltar em dezembro, com o clube arcando com as despesas nesse momento - comentou Ademir Bertoglio, gerente de futebol do Caxias.
A suspensão de Juliano vai até dezembro. O pré-contrato para ele retornar ao clube para o Campeonato Gaúcho está sendo composto pelo Departamento Jurídico. Conforme João Ribeiro, empresário de Juliano, o acordo foi satisfatório para ambas as partes, pois o Caxias é um clube que cumpre o que é determinado.
Entenda o caso
Um exame antidoping realizado ainda quando Juliano atuava pelo XV de Piracicaba, da Série A2 do Paulistão, apresentou resultado positivo. Foi encontrada na urina do atleta a substância estimulante isometepteno, presente em remédios para dor de cabeça, como a Neosaldina, considerada proibida pela Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês). Conforme o jogador, ele sentiu enxaqueca e a medicação foi prescrita por uma médico em 11 de maio, em Nova Prata-RS, antes dele atuar pela equipe paulista.
Após ser notificado em julho, o Caxias optou inicialmente por afastar o atleta das atividades até a solução do caso. Contudo, dias depois da notificação, foi autorizado pela ABCD que ele poderia seguir atuando durante o período. Por fim, a suspensão foi confirmada em 8 de agosto. Em 2021, foram sete jogos com a camisa grená e dois gols marcados.