Além dos casos de covid-19 que afastaram jogadores e membros da comissão técnica da rotina de treinamentos, o Caxias tem mais um problema para a sequência da temporada 2021. Após ser notificado de um exame positivo em julho, o atacante Juliano teve suspensão confirmada pela Associação Brasileira de Controle e Dopagem (ABCD) e ficará fora do futebol por quatro meses.
— Foi provado que ele tomou um remédio totalmente comum no país e quando não estava jogando, então nesta peculiaridade o Tribunal permite um acordo, embora a suspensão mínima seja de dois anos. Eles nos ofereceram uma suspensão de oito meses e conseguimos acordar em quatro — explica Mariju Maciel, advogada de Juliano.
Como também está com coronavírus, Juliano estava ausente das atividades do Caxias desde o início da semana. Com a suspensão, ele não poderá frequentar ambientes esportivos até o mês de dezembro. Portanto, além da ausência das partidas, também não poderá participar dos treinamentos.
Entenda o caso
Um exame antidoping realizado ainda quando Juliano atuava pelo XV de Piracicaba, da Série A2 do Paulistão, apresentou resultado positivo. Foi encontrada na urina do atleta a substância estimulante isometepteno, presente em remédios para dor de cabeça, como a Neosaldina, considerada proibida pela Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês). Conforme o jogador, ele sentiu enxaqueca e a medicação foi prescrita por uma médico em 11 de maio, em Nova Prata-RS, antes dele atuar pela equipe paulista.
Após ser notificado em julho, o Caxias optou inicialmente por afastar o atleta das atividades até a solução do caso. Contudo, dias depois da notificação, foi autorizado pela ABCD que ele poderia seguir atuando durante o período. Até agora foram sete jogos com a camisa grená e dois gols marcados.
Futuro
O vínculo de Juliano com o clube vai até o final de novembro. Enquanto isso, o Caxias aguarda a recuperação do jogador para conversar sobre as condições contratuais no período de suspensão.
— Quando ele voltar do isolamento do covid, o clube vai conversar com ele para definir como será até novembro, quando estava previsto o encerramento do vínculo. Não há uma clausula de rescisão obrigatória e, desde o início, estamos dando todo suporte ao jogador — explica Juliana Rampon, do Departamento Júridico do Caxias.
O Caxias não corre riscos de sofrer punições por conta da suspensão de Juliano, pois casos de doping são considerados de total responsabilidade do atleta.
Dentro do elenco, o Grená fica com Michel, Jean Dias, Kelvin, Yuri Martins, Gleydson, França e Milla como alternativas para o setor ofensivo.