O surto de covid-19 no grupo do Caxias não chega a ser uma surpresa. Afinal, a partir do momento em que um profissional acaba infectado, os outros que convivem com ele de forma mais direta passam a ser alvos mais fáceis, especialmente no futebol, onde os atletas não treinam ou jogam de máscara e têm uma convivência próxima no vestiário ou em qualquer atividade no estádio. Foi assim no Caxias, no Juventude ou em qualquer time brasileiro acometido pelo vírus.
A informação divulgada na manhã desta quinta-feira (12) pela assessoria de imprensa do Caxias gera preocupação, pela questão sanitária, e, ao mesmo tempo, provocou uma certa revolta nos torcedores grenás. Tudo se inicia pelo fato de o técnico Rafael Jaques ter optado por não se vacinar contra o coronavírus, mesmo já tendo essa possibilidade pela faixa etária. Trata-se de uma escolha de cada um. Porém, quando isso impacta no dia a dia do clube, o cenário muda.
Jaques acabou infectado (e poderia ter sido até com a primeira dose da vacina), ficou de fora da partida contra o Aimoré e, por seguir com sintomas, continuará comandando o time à distância. Diante do Esportivo, são mais sete atletas afastados, sendo três que vinham como titulares - Thiago Sales, João Vieira e Bruno Ré. Um prejuízo enorme para uma equipe que vive um momento de oscilação e está extremamente pressionada nesta reta final da primeira fase da Série D do Brasileiro.
Além disso, com tantas ausências, o grupo fica restrito para encarar o Esportivo. Sobram apenas dois zagueiros, Rafael Lima e Henrique, e um lateral-esquerdo, Vidaletti. As alternativas para o decorrer da partida ficam ainda mais escassas.
É apenas mais uma pedra no caminho grená na competição. Um problema que poderia ter sido evitado ou pelo menos minimizado. O Caxias paga o preço por escolhas que fez fora de campo.