Como aconteceu contra Cuiabá, América-MG e Sport, o Juventude enfrenta a Chapecoense, às 18h, no Estádio Alfredo Jaconi em mais um duelo direto contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro 2021. O aproveitamento alviverde nestas partidas foi bom, já que empatou no Mato Grosso e em Minas Gerais e venceu os pernambucanos em casa. Resultados que, somados às grandes vitórias sobre Flamengo e Grêmio, colocaram o Verdão na zona de classificação para a Copa Libertadores.
Entretanto, os quatro jogos da sequência foram sem vitórias, fazendo com que o Papo diminuísse a diferença em pontuação para o Z-4. Sendo assim, vencer o Índio Condá é fundamental para as pretensões do clube na competição.
O confronto também é a oportunidade de o Ju quebrar um tabu de quase 11 anos sem vencer a equipe de Chapecó. É bem verdade que neste período as equipes verdes se enfrentaram apenas duas vezes — com empate e derrota pela Série B do ano passado. Contudo, o último êxito juventudista foi na Série D de 2010, quando o zagueiro Fred e o atacante uruguaio Ismael Espiga marcaram na vitória por 2 a 1 no Estádio Alfredo Jaconi. Outro fato marcante é que Juventude e Chapecoense voltam a se enfrentar pela Série A após 43 anos. Em 1978 deu 3 a 0 Papo, mesmo atuando em solo catarinense.
— Temos que ter o nível de concentração de excelência, competir muito e aproveitar as oportunidades construídas para voltar a vencer no campeonato e pontuar na classificação. É uma decisão. Apesar de estar em último, é uma equipe que vem competindo muito. São derrotas por um placar pequeno, por vezes estando melhor no jogo. O time do Jair (Ventura) se fecha muito bem, tem uma proposta de jogo reativa e tem valores individuais que temos que tomar o cuidado necessário. Especialmente em contra-ataque e bola parada — afirma o técnico Marquinhos Santos.
Além do caráter decisivo, o Juventude encara a Chapecoense tendo que superar a ausências de cinco titulares por suspensão e covid-19, além da ausência do técnico, que também está suspenso por ser recebido cartão vermelho contra o Inter.
O volante Elton teve uma lesão grave no joelho e a recuperação será de seis meses. Além disso, ele testou positivo para covid-19. Conforme o protocolo da CBF, é necessário um isolamento de 10 dias. O tempo também será usado para a recuperação de Michel Macedo e Rafael Forster. O clube não confirma oficialmente, mas os dois atletas também teriam testado positivo para o coronavírus e estão afastados. Por suspensão, estão fora da partida o volante Guilherme Castilho e o atacante Paulinho Boia. Desta fora, Paulo Henrique, Didi, Jadson, Dawhan e Sorriso são os mais cotados para começar a partida, com o Chico e Fernando Pacheco correndo por fora como uma terceira peça no ataque.
— O Dawhan é um jogador que entrega intensidade e inteligência tática. Ele vinha jogando pela Ponte Preta, apresenta condições físicas e clínicas para iniciar a partida e mostrou muita entrega nos primeiros treinamentos, devendo agregar muito no nosso comportamento tático. Ainda vamos analisar se ele vai começar jogando ou nos ajudar durante a partida — comentou o técnico, que analisando as duas formas que pode posicionar o Ju diante da Chape:
— Nós temos trabalhado com o time tendo um preenchimento de meio, que nos proporcionou jogar de igual para igual com as grandes equipes da Série A, e também treinamos a possibilidade de mais um extrema, como foi no Beira-Rio com a saída do Elton e a entrada do Sorriso. Perderíamos a competitividade no meio, mas teríamos um jogador mais agudo pelo lado, trabalhando junto com o lateral.
Aumentar o poderio ofensivo pode ser necessário diante da postura da Chapecoense, que se posiciona bastante defensivo, visando os contra-ataques em velocidade. Entretanto, a vida do técnico Jair Ventura não tem sido fácil, já que a equipe catarinense ocupa a última colocação no Brasileirão e ainda não venceu uma partida. Além disso, o suspenso Anselmo Ramon será desfalque.