O centroavante Matheus Peixoto está próximo de deixar o Juventude. O destino é o FC Metalist Kharkiv, da Ucrânia. A negociação está encaminhada e nos detalhes finais entre Red Bull Bragantino — detentor de seus direitos federativos — e o clube do Leste Europeu. O atacante marcou o gol da vitória contra a Chapecoense e, possivelmente, o último com a camisa 9 alviverde. Esse gol deu a ele a artilharia do Brasileirão, com sete, mesmo número de Gilberto do Bahia.
— Fico muito feliz. Mais um gol, agora como artilheiro do Brasileirão. Como sempre falo, tem méritos de toda a equipe. A gente construiu uma jogada bonita desde o campo defensivo e acabei finalizando com uma cabeçada muito bonita. É um momento muito bom e espero continuar. Tem essa possibilidade da saída. Está bem encaminhada. Como o Juventude jogará só daqui 15 dias, provavelmente deve ter sido meu último jogo, sim. Não tenho nada assinado, mas está em processo do Red Bull em contato com o FC Metalist Kharkiv. Está nesse processo de negociação para pode viajar — comentou o jogador.
Matheus Peixoto entrou em campo contra a Chapecoense sabendo da proposta e já com o futuro definido. Como forma de homenagem, recebeu a braçadeira de capitão no jogo de despedida. Mesmo com a saída encaminhada, o centroavante não teve prejuízo técnico e marcou o sétimo gol com a camisa alviverde neste Brasileirão. Na comemoração, teve lágrimas de emoção. Além do FC Metalist Kharkiv, da Ucrânia, o camisa 9 também recebeu um proposta de um grande clube do Brasil.
—Muitas coisas passaram pela cabeça. Antes do jogo, eu já sabia. Durante a semana chegou a proposta e acaba mexendo um pouco com a gente. Tinha uma possibilidade aqui no Brasil também. Eu tinha que decidir e ver o que era melhor para mim num todo e pensando na carreira. Foi muito difícil tomar essa decisão. Foi apenas um clube do Brasil que fez um proposta. Não tinha outras propostas. Fico feliz por tudo que está acontecendo na carreira. Foi um prazer ser capitão no jogo. Todos estão de parabéns. Eu pedi, se caso fosse meu último jogo, queria vencer. Graças a Deus, vencemos. Agora, deixar nas mãos do meu empresário e do Red Bull para ver o que será definido. A tendência é que tenha um desfecho positivo, a não ser que apareça algo de última hora, mas está tudo encaminhado — afirmou Peitoxo, que foi especulado no São Paulo:
— Não foi o São Paulo. Foi um também clube grande que fez um proposta muito boa. Não vou comentar o nome do time. Também não é do Sul, mas é um clube grande do Brasil. Balançou bastante a proposta, porque é o sonho de todo mundo atuar num clube grande do Brasil. Em termos de projeto e financeiro, pesa para dar um futuro melhor para eles, então projeto de carreira de atuar na Europa. Também o projeto do time de lá de estar se reestruturando no cenário Europeu. Então, creio que vai ser muito bom para mim.
Por que a Ucrânia?
Mesmo com a proposta de um grande clube do futebol brasileiro, Matheus Peixoto preferiu jogar na Europa. O centroavante acredita no projeto do FC Metalist Kharkiv e financeiramente também foi algo mais atrativo.
— É um projeto muito bacana. O Metalist está se reestruturando. É um clube gigantesco. Muitos brasileiros já jogaram por lá. Eu creio que o projeto do clube, com o presidente que levou os brasileiros voltando para lá. Ele disse que está vindo com tudo para colocar o Metalist no cenário Europeu novamente, para voltar a jogar uma Liga Europa e uma Champions League. É o sonho de qualquer jogador atuar na Europa e foi uma proposta muito boa financeiramente. Acho que pesa bastante essas questões — admitiu Peixoto.
A trajetória do centroavante Matheus Peixoto no Juventude começou em fevereiro. O jogador, de 25 anos, fez 27 partidas no ano com 12 gols marcados, sendo sete no Brasileirão. Em menos de seis meses pelo clube, se tornou goleador e titular absoluto da equipe alviverde.
— Foi uma passagem rápida. Cheguei da Ponte Preta, após uma Série B que não foi tão boa para um atacante. Não tive uma média alta de gols, mas o Barbarotti (executivo de futebol alviverde) que acabou conduzindo toda a negociação, confiou demais no meu potencial junto com o Marquinhos. Desde que cheguei aqui, me passaram muita confiança e sempre acreditaram no meu potencial. Nos primeiros quatro jogos, não tinha feito nenhum gol e aumentou um pouco a desconfiança e dou esse crédito ao Marquinhos que confiou em mim e me manteve como titular. A partir do quarto jogo, os gols saíram. Tenho uma média de a cada dois jogos, um gol. Sou muito grato ao Juventude. Se eu saísse, sairia de cabeça erguia. Um dia quero voltar para continuar essa história. Era um sonho meu pegar o estádio cheio e pegar o amor a vibração da torcida — comentou o centroavante, que finalizou sobre a gratidão ao Juventude:
— Devo muito ao Juventude. É um clube que apostou em mim e abriu as portas. Eu falei isso com todos lá. Eles acreditaram em mim. Muitos clubes me sondaram na Série B e Série A e não acreditaram. O Juventude acreditou. Devo muito ao Juventude e quero um dia voltar. Quero voltar e continuar essa história.