Instabilidade, oscilação, queda de rendimento, desempenho ruim. Essas expressões foram atribuídas ao Juventude na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro, no momento mais decisivo da competição. As cinco derrotas seguidas como visitante pesaram na luta pelo acesso e o time alviverde deixou o G-4. Agora, não depende mais só de si. Contra o Figueirense, às 16h desta sexta-feira (22), no Estádio Alfredo Jaconi, o Verdão buscará a recuperação para seguir sonhando com a Primeira Divisão, no penúltimo compromisso na competição.
—A gente fica muito triste quando acontecem essas derrotas. A gente sente muito, porque estamos buscando e focados, mas infelizmente são coisas do futebol. Temos que voltar a vencer e ter a confiança que tínhamos nos jogos passados — disse o centroavante Rafael Grampola.
Se a campanha como visitante tem pesado para o time deixar o G-4, os números como mandante mantêm o Juventude com o sonho do acesso à Série A. A equipe alviverde está há sete jogos invicta no Estádio Alfredo Jaconi. Além disso, são três vitórias consecutivas — CSA, Ponte Preta e Cruzeiro — e 15 jogos seguidos marcando pelo menos um gol em casa.
Em 18 partidas na casa jaconera, na Série B, o Ju só não fez gol em duas oportunidades. Aconteceu nos empates em 0 a 0 com o Botafogo-SP e o América-MG. Como mandante, o Juventude tem 66,6% de aproveitamento na Segunda Divisão nacional. Bons números que aumentam a confiança para enfrentar o Figueirense, vencer e ir para a última rodada com chances de chegar ao objetivo.
— Tudo aquilo que traz coisas boas para nós, temos que pegar. É um jogo decisivo. Dentro de casa, estamos fazendo bons jogos, somos fortes e, se Deus quiser, vamos conseguir essa vitória — comentou Grampola.
Mesmo com os bons números em casa, a desconfiança do torcedor é natural. O perde e ganha das últimas rodadas do Juventude fazem o jaconero ficar otimista nos jogos em casa e pessimista pelas derrotas fora. Desde a 29ª rodada, quando perdeu para o Vitória, o Ju vence em casa e perde fora. Mesmo assim, a campanha num contexto geral dá força para o otimismo em relação acesso.
—Pode acreditar, porque tem jogadores trabalhadores, sérios, pais de família. A gente tem buscado no dia a dia essa conquista. Temos que ir na vontade. Não tem muita coisa que fazer. Colocar vontade e tentar fazer o que pode dentro de campo — finalizou Grampola.