Vencer ou vencer. Assim, o Juventude precisa encarar o jogo deste sábado (16), às 19h, contra o Cruzeiro no Estádio Alfredo Jaconi. Após duas derrotas seguidas, contra Cuiabá e Brasil-Pel, o time do técnico Pintado vive pela primeira vez na Série B um momento de instabilidade com tropeços consecutivos. Faltando quatro rodadas, o acesso continua próximo e passa por uma recuperação diante da equipe mineira.
— Essa necessidade da vitória existe porque deixamos escapar pontos importantes durante a competição e a gente não pode fugir disso. Temos que estar focados em cada minuto de cada partida. O Juventude chega num momento onde ninguém imaginava chegar. Ninguém imaginava que o Juventude estaria brigando nesta condição nas últimas quatro rodadas. Estivemos muito próximos da zona de classificação durante todo o campeonato. Isso faz a gente seguir sonhando — disse o técnico Pintado.
Se o Juventude vive um momento de instabilidade e desconfiança, após as duas derrotas fora de casa, agora terá a volta ao Jaconi. Como mandante, o Ju está há seis jogos invicto na Série B. Em casa, foram 17 jogos, com nove vitórias, seis empates e somente duas derrotas. São 27 gols marcados e 13 sofridos.
— Jogar em casa é muito importante. A gente vem tendo bons resultados dentro de casa. Solucionar problemas dentro da minha casa, a gente tem menos dificuldade. Ao mesmo tempo, teremos um adversário de muito peso do outro lado, que está machucado. É dirigido por um dos melhores treinadores do Brasil. Então, vai ser mais um jogo difícil para o Juventude — comentou o treinador.
Para conseguir essa recuperação, em casa, o Juventude precisa melhorar em alguns pontos. Correções são necessárias para voltar a vencer e continuar no caminho sonhado do acesso à primeira divisão nacional.
— A gente sabe que nossa equipe joga buscando o gol e o gol é importante para nossa equipe. Em vários jogos, vencemos mesmo tomando um gol. Temos lutado muito para encontrar novamente nosso ataque e essa maneira de colocar a bola para dentro. A responsabilidade é minha de solucionar esse problema. Jogadores que chegaram agora, leva um tempo para entrosar. Infelizmente não temos tempo, temos que solucionar esse momento de dificuldade — disse Pintado, que completou:
— Na maioria dos jogos temos volume e mais posse de bola, mas essa nova referência e os novos atletas estão se conhecendo. O Cajá tinha a leitura do Breno, Dalberto, de outras atletas que entraram. Tivemos essa dificuldade. Estamos insistindo e tentando melhorar.
Queda de rendimento
Quem acompanha os jogos do Juventude, percebe uma queda de rendimento das suas principais individualidades do time. A questão física do final de temporada pode ser a razão que explica essa situação.
— A gente esquece que há cinco meses atrás, a gente vivia um momento muito difícil de praticamente 90 dias de paralisação. Hoje, todas as equipes estão sentindo o final de temporada. Todas as equipes estão com um desgaste muito grande. Nós mantivemos um grupo enxuto, todos tiveram condições de treinar e jogar. É um grande acerto do Juventude. Mas estamos sentindo o desgaste do final de temporada — analisou Pintado.
Com quatro jogos restando, o Juventude segue vivo na briga pelo acesso. A campanha realizada na Série B criou uma expectativa positiva no torcedor. Com isso, a pressão e a cobrança são proporcionais.
— Ninguém imaginava que o Juventude estaria nas quatro rodadas finais brigando pelo acesso com grandes chances. A gente imaginava fazer uma boa competição, era uma obrigação nossa. Nós nunca corremos risco. Essa expectativa gerou por parte de todos. Nós também estamos muito empolgados. A gente sabe o quanto vale o acesso. Ninguém está aqui por dinheiro e para ficar rico no Juventude. Estamos aqui pela glória e pelo acesso — finalizou.