A caminhada do Caxias na Série D do Campeonato Brasileiro continua. Para chegar ao sonhado acesso são mais três fases, ou seja, seis jogos. Após uma primeira etapa da competição com altos e baixos, com oscilações e dificuldades, veio a classificação. Agora, serão dois jogos pela segunda fase diante do Mirassol. Neste sábado (5), às 16h, no Estádio Centenário, o jogo de ida. Semana que vem a volta, em São Paulo.
Sai a primeira fase com os pontos corridos, chega a segunda parte do campeonato com os mata-matas. Em casa, o time do técnico Rafael Lacerda buscará uma vantagem, mesmo que seja mínima para buscar a classificação longe de Caxias do Sul.
— A vitória é o objetivo. Mesmo assim, ela não te garante. São 180 minutos, mas fazer um jogo muito consistente em casa. Nenhum resultado você está eliminado. A gente quer muito vencer, mas não adianta, mata-mata é 180. O Caxias em casa é forte. Passamos por oscilação, mas agora é vida nova, uma outra competição. Uma vitória nos daria uma condição de chegar mais vivo ainda. Independente do resultado, a decisão será em São Paulo — disse o técnico Rafael Lacerda.
Para buscar essa classificação, o Caxias precisará se reencontrar. As boas atuações do início da temporada não se repetiram na Série D. O técnico Rafael Lacerda ainda tenta encontrar a melhor formação. Durante a primeira fase, em 14 jogos, somente em duas oportunidades o treinador conseguiu repetir o time titular. Fato que durante o Gauchão era mais frequente. Agora, com lesões e casos de covid-19, a cada jogo o time muda.
—No Gauchão, eu achava interessante a manutenção da equipe. Talvez, no Gauchão, na fase boa, deveria ter rodado um pouco mais o elenco para todos conseguirem ritmo de jogo. Mas é difícil para o treinador. Você está ganhando e não vai mexer. Eu sou do ponto que quando está ganhando tem que mexer, mas em determinados momentos e situações. Na Série D, nós trocamos devido à queda de rendimento, lesões, casos de coronavírus. O que fica de positivo é que o elenco rodou. Todos estão com ritmo de jogo, mas eu ainda sou a favor de uma base. Agora, com as lesões e casos de covid-19, não conseguimos um planejamento de equipe a longo prazo — analisou o técnico grená.
Nesta temporada, o Caxias enfrentou três decisões eliminatórias e em duas obteve êxito. No primeiro turno do Gauchão, passou pelo Ypiranga na semifinal e na decisão ganhou do Grêmio. Já na final do Gauchão, em dois jogos, perdeu o título para o time da Capital. Agora, é um momento diferente.
— Time consistente, que sabe jogar esse tipo de competição e que vai brigar a todo momento, experiente. Caxias mostrou isso durante o ano nas decisões de matas do Gauchão. Vencemos o Ypiranga e o Grêmio no mata e depois do fizemos duas grandes finais. Torcedor vai ver uma equipe muito aguerrida. Já passou a primeira fase. A equipe está muito motivada — disse Lacerda.
Para conseguir essa classificação, o Caxias terá que superar o Mirassol e uma das alternativas é encaixar a bola parada. O time grená já demonstrou ser forte neste recurso, mas nos últimos jogos o aproveitamento caiu. Chegou a hora de retomar essa arma neste momento decisivo da temporada.
—A bola parada é fator decisivo em todas as partidas. Nas decisões, nem se fala. Em jogos equilibrados, como mata-mata, são confrontos parelhos. É um quesito que nós fizemos muito gols e tomamos poucos na defesa. Trabalhos muito isso, e o Mirassol também. Eles têm uma bola parada muito boa. Tenho certeza que, no mínimo, um gol vai sair assim nos dois confrontos e espero que seja do Caxias — finalizou Lacerda.