Não é só o Juventude que vê no gramado do Estádio Alfredo Jaconi e até no clima de Caxias do Sul uma arma para o jogoque vale o acesso à Série B. Esses pontos também são bem vistos pela direção do Imperatriz. O vice-presidente do clube maranhense, Rodrigo Oliveira, considera que esses aspectos podem ser positivos também para sua equipe, visto que o piso do Estádio Frei Epifânio não está nas suas melhores condições.
— O fator clima consideramos favorável para gente, porque sabemos que fisiologicamente jogar no frio cansa menos. Fizemos algumas situações aqui para deixar (o campo) o mais confortável possível para os jogadores, mas no período de seca fica complicado. A gente sabe que o gramado aí ajuda bastante. Então é focar para esse segundo tempo em Caxias do Sul — destacou Oliveira.
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Acesso também é uma obsessão para o Imperatriz. Subir de divisão pelo segundo ano consecutivo serviria para consolidar o trabalho da atual direção, que assumiu o clube ainda em 2017. A troca de comando no Cavalo de Aço se deu em meio a uma crise e com as dívidas trabalhistas girando em torno de R$ 1,4 milhão. Algo enorme para um pequeno clube do interior maranhense. Chegar na Segunda Divisão poderia ser um divisor de águas para a vida financeira do alvirrubro – assim como é para o Juventude, tendo em vista a distribuição de verbas por televisionamento.
— Nosso futuro é buscar que o Imperatriz seja reconhecido como um time do interior e que se sobressai no cenário nacional, que esteja vivo nas competições e daqui a gente consiga revelar alguns talentos. Atualmente vivemos um dos piores momentos do futebol na parte financeira. Hoje se vê grandes clubes com a folha salarial atrasada. Acredito que, fazendo a nossa parte, pode servir de exemplo e de alguma forma tirar essa imagem negativa do futebol — complementa o dirigente.
Nesse contexto, o Cavalo de Aço também se apega em pontos que só o futebol permite. Segundo Oliveira, o clube deve ter uma das menores folhas salariais entre os 20 clubes que participaram da Série C. Ainda assim, levou jogadores que estão conectados com os objetivos da direção e, com isso, deixou para trás agremiações tradicionais do país, como o Santa Cruz-PE e o Botafogo-PB.
Chegar entre os 40 principais times do Brasil seria um grande feito para todos envolvidos com o clube maranhense.
— Esse acesso vem para coroar esse trabalho, a união do grupo e a cidade que abraçou. Neste jogo em casa tivemos mais de 10 mil pessoas. E numa segunda-feira. Acredito que isso reflete nosso trabalho. Seria realmente uma situação diferenciada para nossa região ter um clube entre os 40 maiores do futebol nacional. Esse acesso significa muita coisa, é também a realização pessoal dos atletas e da comissão técnica — finaliza Oliveira.