Ela sempre tinha a palavra certa, na hora certa. Assim Álvaro Mentta descreve Dona Ivone Bachi, a mãe do técnico Tite, que faleceu na tarde deste sábado (9), em Caxias do Sul. Álvaro era quase um quarto filho da família, tamanha a proximidade que tem, principalmente dos irmãos Adenor, o Tite, e Ademir, o Miro, desde os tempos de escola.
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— Eu tinha ela como uma pessoa especial. Quando eu perdi minha mãe, em 2000, ela me chamou para conversar e me deu uma força muito grande. Todos os anos, no Dia das Mães, eu ligava para ela. Ela marcava isso, gostava. Ficou uma coisa de família. Nossos amigos são quase todos uma família só — conta Álvaro, que estava no litoral gaúcho, em Torres, com Miro, quando soube da triste notícia.
Centroavante do Carrossel, time que reúne semanalmente amigos da família Bachi, capitaneado por Miro, o filho mais novo de Genor e Ivone, Álvaro, 53 anos, ainda lembra do gosto da feijoada que Dona Ivone fazia nos dias de jogos da equipe amadora do futebol caxiense.
— Lembro sempre da feijoada dela. Ela fazia para o Carrossel e era completa. Ficávamos juntos e ela sempre tinha uma palavra para te colocar pra cima. Ela rezava, se emocionava. Todo mundo que conheceu ela está muito triste. Não é porque é a mãe do Tite, é porque é a Dona Ivone, sempre igual. Uma pessoa forte, mas que se emocionava, uma pessoa de opinião. Mas ela cumpriu a jornada dela — acrescenta o caxiense que, no velório realizado na tarde de domingo (10), foi o porta-voz da família no atendimento à imprensa.