Considerando que estive afastado das minhas atividades por problema de saúde, não tive a oportunidade de expressar o meu sentimento da mais profunda tristeza, diante da tragédia ocorrida com a Chapecoense. Peço licença aos leitores e amigos para fazer essa manifestação, pois me senti na obrigação de cumprir essa tarefa.
Muito tempo antes da presença da gloriosa equipe verde de Santa Catarina na Série A do Brasileirão, estive com o Grêmio em Chapecó, para disputar uma partida contra a Portuguesa. Por que naquela cidade? Não lembro ou não sei. O que recordo é que a fachada do hotel em que estava o Grêmio passou dois dias tomada pelo público de Chapecó.
Percebi e me impressionei pelo amor da cidade pelo futebol. O tempo passa. Hoje, longe do fulgor da juventude e com maturidade, pude realmente compreender o que significa o amor do povo de Chapecó pelo clube de sua cidade. Já calejado pelo tempo, respeitando e também entendendo o sentimento das pessoas maduras, cujas perdas são irreparáveis, não posso deixar de exprimir minha imensa tristeza e desolação com a morte de tantos jovens.
Respaldo do país inteiro
Eles carregavam sonhos que, na maioria das vezes, os mais antigos já não têm. Assim, é inacreditável que esses jovens tenham tido a sua vida, seus desejos e suas esperanças ceifadas por um trágico acidente aéreo.
Sigo inconsolável. Mas acredito que os sobreviventes e os familiares dos falecidos terão o respaldo do país inteiro, especialmente do povo da cidade, para o reerguimento da gloriosa Chape.
*Diário Gaúcho