De todos os jogos da Libertadores nos quais Oscar teve a chance de participar, nenhum é tão talhado para ele quanto este, de amanhã, contra o Jaguares.
Mesmo que esteja descontado, ainda que sinta dores por conta da joelhada pelas costas que recebeu contra o Lajeadense com o beneplácito do árbitro Fabrício Neves Correa. Ainda assim, é o jogo ideal para a qualidade de Oscar fazer a diferença.
Nem vou falar no calor de 38 graus que assustou o Inter logo na chegada a Tuxtla Gutiérrez. Oscar é jovem e ainda está com as reservas de fôlego intactas. Mas isto é o de menos.
O motivo mais importante é o próprio Jaguares. Os mexicanos, se quiserem se classificar, precisam ganhar de qualquer maneira. Nem que para tanto evoquem os espíritos guerreiros de seus ancestrais, os astecas.
O Jaguares não tem outra alternativa senão atacar.
Se atacar com força, concederá espaços.
Se conceder espaços, Oscar terá liberdade de ação e pensamento.
E o que mais quer o jogador diferenciado, senão liberdade no campo?
Vou além: o gramado do estádio Manuel Reyna é maior e melhor do que o do Florestal, obviamente. Nada pode ser pior do que o Florestal. Um único contra-ataque puxado por Oscar e pronto: o sonho de ir às oitavas com a melhor campanha da primeira fase segue vivo.
O ideal é que ele seja escalado como vem jogando, na linha de três meias, vindo de trás. Mas em nome da sua presença em campo pode até ser de atacante, no lugar de Zé Roberto, caso Celso Roth insista em manter Wilson Matias ao lado de Guiñazu e Bolatti.
Portanto, só é aceitável deixar Oscar de fora por lesão grave. Do contrário, mesmo que não esteja 100%, seria um erro deixá-lo no banco ou poupá-lo. Prefiro meio Oscar do que muitos ''inteiros'' por aí.
Trata-se da rodada mais importante da Libertadores para o Inter até agora, então vale o esforço. Há muito em disputa.
Jaguares x Inter, na distante Tuxla Gutiérrez: eis aí o jogo perfeito para Oscar.
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