A celebração de Natal deste ano passou do tradicional para o tradicionalista em Caxias do Sul. Segundo levantamento Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros), a carne bovina despontou como preferência do consumidor caxiense na data. Com aumento entre 5% e 7% nas vendas de açougue em relação a meses normais, tudo indica que o costume da ceia com aves deu lugar ao churrasco nas mesas das famílias, mesmo com a elevação do preço em novembro.
Com relação à comparação com o Natal de 2018, de acordo com o Sindigêneros, Caxias registrou incremento de cerca de 10%, semelhante ao crescimento das vendas de 9% no Estado, índice divulgado quarta-feira (25) pela Associação Gaúcha de Supermercados, a Agas.
— O normal é que as vendas do açougue representem entre 18% e 20% do total dos supermercados. Neste Natal, principalmente na véspera, foi de aproximadamente 25%. Enquanto as aves acabaram sobrando — avalia o presidente do Sindigêneros, Eduardo Slomp.
Para Slomp, o próprio comportamento das famílias acabou gerando a tendência de desconstrução da ideia tradicional de ceia:
— Hoje em dia, a população no Estado é mais predominante de idosos do que de jovens, e idosos geralmente não ficam até a meia-noite para a ceia, mas gostam de celebrar o Natal com o pessoal e, por isso, o churrasco do meio-dia de Natal acaba tendo mais apelo do que a ceia — comenta.
A redução dos valores após recente alta no preço da carne, acredita Slomp, também influenciou a retomada do consumo no segmento.
Além disso, outro desempenho destacado na semana de Natal foi a venda de bebidas.
— Normalmente, as vendas de bebidas, refrigerantes e cervejas especialmente, representam no máximo 15% (do total de vendas) nos mercados, ou até 10% no inverno. Agora no Natal, alguns estabelecimentos chegaram a registrar mais de 20% do total das vendas — destaca Slomp.
No comércio lojista, projeções se confirmam
As tendências apresentadas na projeção de vendas de presentes pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) no dia 17 de dezembro acabaram se confirmando, de acordo com o presidente da entidade, Ivonei Pioner. Embora não seja considerado número oficial, a entidade estima aumento de 5% em relação ao ano passado.
— O que salvou foi a segunda e a terça-feira da véspera, foram os melhores dias. Pelo que verifiquei, os grandes centros, de um modo geral, também registraram entre 4,5% e 6%, então ficamos na média. É um bom sinal para o comércio — destaca Pioner.
Os produtos mais procurados foram roupas e brinquedos.
Supermercados
:: Em torno de 10% de aumento em relação a 2018.
:: Principais produtos: carne bovina, refrigerante e cerveja.
Lojas
:: Em torno de 10% de aumento em relação a 2018
:: Principais produtos: vestuário, acessórios e brinquedos.
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