Os metalúrgicos decidem neste sábado, em assembleia na sede do sindicato dos trabalhadores, se aceitam a proposta mais recente da entidade patronal para o dissídio da categoria. O encontro será às 9h30min.
Em audiência de conciliação realizada na última quinta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Porto Alegre, houve avanços na negociação. Pela nova proposta oferecida pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), os trabalhadores receberão 5% de reajuste salarial agora (com data-base de 1º de junho) e o restante da inflação do período a partir de novembro (ou seja, 3,76%, fechando assim 8,76%).
O sindicato patronal também propõe uma cláusula que amplia o tempo permitido de flexibilização de jornada de trabalho para três períodos de 90 dias (atualmente são no máximo dois de 90 dias). Esse item conta ainda com garantia plena de emprego no primeiro período adotado, atendendo uma reivindicação solicitada pelo sindicato dos trabalhadores.
Nas outras duas temporadas de flexibilização, o acordo permite "turn over", ou seja, rotatividade mensal de até 1,5% do quadro de funcionários. Outra cláusula desse acordo é a obrigatoriedade da licença-maternidade de 180 dias para todas as empresas com lucro real.
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A proposta inicial dos empresários, recusada em assembleia pelos trabalhadores no final de julho, era de reajuste de 2% até dezembro e o restante do índice inflacionário a partir de janeiro. A oferta não contemplava nenhuma garantia de emprego.
Como houve avanços nas negociações, a tendência é que o dissídio seja decidido neste sábado. Porém, caso a oferta seja recusada novamente, há a possibilidade do embate ser decidido - e não apenas mediado, como vem sendo - pela Justiça.
Esse é considerado um dos dissídios mais complexos dos últimos anos em função do cenário de retração econômica e de demissões. Caxias, nos últimos 12 meses, fechou mais de 10 mil vagas de trabalho.
