Com a crise ficando para trás, fabricantes de máquinas agrícolas repõem os empregos perdidos na fase mais turbulenta e acenam com investimentos. O grupo AGCO, dono das marcas Massey Ferguson e Valtra, projeta retomar os mesmos níveis de emprego anteriores à crise até o final do ano.
Segundo o vice-presidente do grupo para a América Latina, Andre Carioba, a companhia teve de demitir em torno de 750 pessoas no período mais crítico da crise financeira, mas já ocorreram cerca de 400 recontratações. O executivo acrescenta que o grupo pode anunciar ainda este ano novos investimentos no Rio Grande do Sul. Os locais mais prováveis seriam a unidade de colheitadeiras em Santa Rosa e a de implementos em Ibirubá.
Uma das maiores do mundo em implementos agrícolas, a francesa Kuhn também projeta ter o mesmo número de colaboradores de meados de 2008 até o encerramento deste ano. Com fábrica em Passo Fundo, a empresa avalia ser possível retomar o número de 450 funcionários, que caiu a 360 em 2009.
Mesmo não revelando o volume de investimentos, o grupo europeu está trazendo para o Brasil novas linhas de produtos e pretende erguer prédios para ampliar os setores de peças e reposição em uma área contígua adquirida em 2009. A planta gaúcha é apontada como a base da expansão da companhia na América Latina.
- A empresa tem um histórico de dobrar o faturamento a cada 10 anos e, no Brasil, vamos fazer mais do que isso - diz vice-presidente mundial de vendas do grupo, Roland Rieger.
A John Deere também anunciou 250 contratações este mês na unidade de colheitadeiras de Horizontina, no noroeste gaúcho, e confirma que a recuperação dos postos de trabalho deverá ocorrer de acordo com a demanda do mercado.
Caio Cigana viajou para Ribeirão Preto (SP) a convite de um pool de empresas do setor
Economia
Fabricantes de máquinas agrícolas acenam com novos investimentos
Empresas projetam retomar os mesmos níveis de emprego de meados de 2008
Caio Cigana
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