Colaborador da coluna Memória, o historiador Éder Dall’Agnol dos Santos vem pesquisando a trajetória de diversas famílias que ajudaram a colonizar o distrito de Santa Lúcia do Piaí desde finais do século 19. E na reta final do projeto, que em breve deve virar livro, Éder focou a pesquisa nas famílias que colonizaram a comunidade de Tunas Altas.
Conforme Éder, a localidade é o berço de diversas famílias de origem italiana, migradas das antigas léguas de Caxias do Sul e do Distrito de Santa Lúcia do Piaí. Antes de pertencer ao distrito de Vila Oliva, Tunas fazia parte do território de São Francisco de Paula e pertencia a Paróquia de Santa Lúcia do Piaí, então administrada pela Arquidiocese de Porto Alegre.
Ainda no processo de colonização de Santa Lúcia, muitas famílias saíram em busca de novas terras e começaram a colonizar a região de Tunas, que logo se dividiu em Tunas Alta e Baixa.
— Nos primeiros anos, a assistência religiosa da comunidade era realizada por jesuítas e pelos padres de Santa Lúcia. Na década de 1930, o padre João Marchesi, então pároco de Santa Lúcia do Piaí, atendia as famílias de Tunas que já possuíam uma pequena capela em honra a Nossa Senhora de Lourdes, atual padroeira da localidade — explica Éder.
MIGRAÇÕES
Pode-se dizer que o auge da colonização da localidade de Tunas Alta e Baixa, ocorreu entre 1920 a 1950. Nas décadas seguintes, até os dias atuais, algumas famílias saíram da localidade para colonizar terras do oeste catarinense e paranaense.
A família de Bastião Muraro, por exemplo, saiu em fevereiro de 1958 para residir no atual município de São Lourenço do Oeste, sendo uma das pioneiras da localidade. Já outras deslocaram-se para o núcleo urbano de Caxias do Sul.
Nas imagens desta página, alguns registros disponibilizados pelo pesquisador Éder Dall’ Agnol dos Santos, com destaque para a família da viúva Adelia Sartor Rech (casada com David Rech, um dos pioneiros da localidade de Tunas Altas).
LIVRO CAIXA
O Livro Caixa da Capela Nossa Senhora de Lourdes, de Tunas Altas, com início em 1924, lista o nome de diversas famílias residentes na localidade e nas redondezas entre os anos de 1924 e 1937: David Rech, Giacomo Rech, Vittorio Boff, Giacomo Sitta, José Boff, Giacomo Rech (Garibaldi), João Casagrande, Antonio Salvador, Dionísio De Ross, Angelo Rech, Guerino Perini, Angelo Scopel, José Camilo, Eugenio Zanardi, Giacomo Scopel, Ângelo Ferraro, Amadeo Ferraro, Luiz Daneluz e Angelo Bos.
Além destas famílias, em pesquisa no livro da Paróquia de Santa Lúcia do Piaí, nas décadas de 1930 a 1960, aparecem os seguintes nomes: João Batista Rech, Vitório Rech, Constantino Viganó, Juventino dos Reis, Fermino Ferraro, Vitalino Ferraro, Viuva Angela Ferraro, Eugenio Ferraro, Velocino Moreira, João Arnoldo, Viúva Adelia Rech, Paolino Catusso, João Sansovo, Luis De Ross, João Vitório Cavalli, José Bandeira, Angelo Rech, Angelo Boschetti, Fioravante Binotti, Domingos Rech, Isidoro Muraro, Giocondo Rech, Marcelo Cavalli, Primo Damin, Bastião Muraro, João Dall Agnol Filho (Nanetti), Francisco Costa (Queco), Isidoro Zanardi, Xisto Mapelli, Mario Boschetti, Maximino Boschetti, José Bandeira, João Bento da Cunha (João Barulho), Avelino Rech, Vicente Mapelli, Antonio de Oliveira, Severino Cavalli, Germano Zanardi, Otacilio de Oliveira, João Noronha Da Silva (Jango), Luiz Montemezzo, José Schiavo, Primo Damin, Trajano Alves Da Silva, Pedro Vidor (Piero), entre outros...
PARTICIPE
Moradores das localidades citadas e que tenham interesse em colaborar com fotos e dados sobre suas famílias ao longo do século 20 podem entrar em contato com o pesquisador Éder Dall’Agnol dos Santos pelo e-mail ederdallagnol89@gmail.com ou telefone/whatsapp (54) 8135.2561.