O 6º Encontro Internacional da Família Bigolin, neste sábado e domingo (3 e 4 de março), em Pinto Bandeira, servirá para aproximar parentes do Brasil e da Itália e recordar episódios curiosos que mesclam tradições dos dois países. Uma delas diz respeito ao famoso brinco de ouro que o imigrante Isidoro Bigolin usou até falecer, em 1952.
Conforme o padre Izidoro Bigolin, bisneto de Isidoro e um dos organizadores do encontro, o bisavô ganhou o brinco do padrinho na cerimônia da crisma, ainda na Itália. Tanto que o menino ficou carinhosamente conhecido na família como “Isidoro Bigolin del reccin” (reccin significa brinco, em dialeto vêneto).
Histórias como essa vão nortear o filó deste sábado, a partir das 16h, na residência do senhor Antonio Bigolin, filho de Severino e neto de Isidoro. Haverá o descerramento de uma placa comemorativa e a reinauguração do museu temático "La Nostra Coccina" (A Nossa Cozinha) totalmente restaurado, onde estarão dispostos objetos, utensílios e fotos da família.
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Terra da Itália e do Brasil
No domingo, o destaque ficará por conta da missa bilíngue (em português e italiano), que será celebrada no Santuário de Pinto Bandeira, com a participação do Coral da Igreja Santo Antonio, de Bento Gonçalves.
Durante a celebração, dois punhados de terra trazidos das regiões norte e sul da Itália pelos descendentes convidados serão misturados em um mesmo recipiente com a terra brasileira, uma referência à imigração e às raízes da família.
Posteriormente, essa mesma terra será usada no plantio de um pé de oliveira ao lado do museu temático, simbolizando mais uma semente para a perpetuação da história dos Bigolin.
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O encontro
Um grupo de 30 italianos participará do encontro em Pinto Bandeira. Eles vêm de cidades de Nervesa Della Battaglia, Arcade, Volpago del Montello e Spresiano (no Vêneto, ao norte) e de Aprilia, Latina, Roma e Borgo Montello (Latina, ao sul).
Do Brasil são aguardados descendentes de cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Bahia e Minas Gerais.