A Universidade de Caxias do Sul, ao longo de seus 50 anos de atividades, possui um comprometimento com a expansão do conhecimento em todas as áreas profissionais. Em 1971, era instalado o curso de Comunicação Social-Relações Públicas. Desde então, houve uma evolução na consolidação e aprimoramento das tecnologias da informação e o seu papel na sociedade.
Em 1992 era inaugurado o curso de Jornalismo, e em 1999 o de Publicidade e Propaganda. No final década de 1980, alunos de Relações Públicas desenvolveram a realização do Ciclo de Palestras Sobre Imprensa. O propósito fomentou a capacidade do aluno em organizar palestras, bem como aproximou profissionais da comunicação.
Na edição do IV Ciclo, que se realizou entre 28, 29 e 30 de outubro de 1991, percebe-se a presença da jornalista Glória Maria, que relatou sua trajetória de 22 anos de atuação na Rede Globo. Na época, com 38 anos, a carioca falou sobre suas coberturas na Guerra das Malvinas (1982) e nas Olimpíadas em Los Angeles (1984).
Além disso, Glória Maria veio para Caxias com o reconhecimento de ter sido repórter especial do Fantástico durante 14 anos, e de ser a única jornalista a ter um câmera exclusivo. Na foto, percebe-se Glória Maria com Régis Conte (Jornal Pioneiro), Lirian Meneghel, coordenadora do curso de Comunicação, Ruy Pauletti, reitor da UCS, Olivar Mattia, chefe de departamento de comunicação, e Alda Nunes, professora da disciplina de eventos. Hoje, a dinâmica Glória Maria continua trabalhando na Rede Globo.
Armando Nogueira
O III Ciclo de Palestras Sobre Imprensa, realizado no Bloco H da UCS, de 6 a 8 de novembro de 1990, discutiu o tema "A ética e a manipulação na Imprensa Brasileira". Entre os convidados, destacou-se o jornalista Armando Nogueira, então ex-diretor da Central Globo de telejornalismo, que falou sobre liberdade de imprensa e sua vivência durante o regime militar na Globo, salientando o surgimento de outras emissoras de televisão que ofereciam alternativas de conteúdos.
Já na época, Nogueira apontou o vício do retraimento e timidez nas coberturas dos fatos políticos que atinge os meios de comunicação, e que a censura foi trocada pela pressão.
Luiz Cláudio Cunha
Na edição do III Ciclo, os universitários tiveram a oportunidade de conhecer um dos mais importantes jornalistas do cenário nacional. O caxiense Luiz Cláudio Cunha consagrou-se por trabalhar nos principais jornais e revistas do país. Na chefia da Veja em Porto Alegre, realizou um jornalismo investigativo consistente durante o período militar. A reportagem sobre o sequestro dos uruguaios conquistou o Prêmio Esso de Jornalismo, em 1979.
Em 1985, publicou Assim morreu Tancredo, com Antônio Britto. Paulo Cancian, que atua no jornalismo caxiense, conserva relações de amizades com Cunha desde 1973. Recentemente, em junho de 2015, Cunha palestrou na CIC de Caxias do sul, por sugestão de Cancian.