São Sebastião do Caí preserva elementos históricos da imigração italiana no Rio Grande do Sul a partir de 1875. Numa época em que os meios de transportes estavam condicionados a rústicas carretas em madeira, tracionadas por mulas e cavalos, a navegação pelo rio Caí facilitava a viagem entre Caxias do Sul e Porto Alegre.
Era no Porto Guimarães, por exemplo, que chegavam os grupos de imigrantes – ali havia um setor de cadastro dos colonos, que se organizavam para receber os lotes nas localidades de Conde D’Eu (Garibaldi), Dona Isabel (Bento Gonçalves) e Campo dos Bugres (Colônia Caxias). Por esse mesmo porto deu-se o incipiente processo de comercialização entre a colônia e a Capital, com os barcos fazendo o transporte de pessoas e mercadorias - o barco era conhecido como vapor devido à sua força motriz ser acionada pela pressão da água.
Nas imagens acima e abaixo, de 1880, percebe-se o cenário bastante movimentado de carroças puxadas por mulas e bois. O barco atracava em um barranco rudimentar, cujo terreno ficava totalmente enlameado em dias de chuva. Somente em 1888 seria construído um cais em pedra.
Porém, com a chegada do trem, em junho de 1910, houve um declínio da navegação. O conforto trazido pela ferrovia, bem como uma capacidade maior de produtos acondicionados em vagões, diminuiu o tempo de viagem e acelerou a relação comercial entre Caxias e Porto Alegre.
Caxias antiga: quando o trem cortava a cidade
140 anos de imigração italiana: o dia em que Caxias virou pérola
Memória
Porto Guimarães na história de Caxias do Sul
Navegação pelo rio Caí facilitava a viagem entre Caxias do Sul e Porto Alegre nos primórdios da imigração italiana, a partir de 1875
Rodrigo Lopes
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project