O jornalista Ciro Fabres colabora com a colunista Rosilene Pozza, titular deste espaço
O prefeito eleito Adiló Didomenico e a vice-prefeita eleita Paula Ioris mantiveram, no fim da tarde de terça-feira (22), primeira audiência oficial com o governador Eduardo Leite no Palácio Piratini. Foi um primeiro encontro de aproximação entre os três tucanos. A proximidade política favorece o trânsito. A vitória de Adiló e Paula em Caxias é bastante positiva para Leite, que deverá estar atento às demandas da cidade.
Ficará constrangedor para os três ter de conviver com acessos a Caxias do Sul mal conservados e esburacados, por exemplo. Se o descuido permanecer, na RS-122 e na RSC-453, por exemplo, como explicar? Aliás, sintomaticamente, esse foi um ponto da agenda, levado por Adiló e Paula.
Os novos mandatários caxienses foram informados do Programa de Incentivo ao Acesso Asfáltico, que permite à iniciativa privada a realização de obras em estradas mediante renúncia fiscal do governo. Leite informou que o atual edital já foi encerrado, mas outros serão reabertos.
Adiló e Paula também buscaram informações sobre a vacina contra a covid-19.
— O governador disse que está em contato com o Ministério da Saúde e demonstrou confiança de que o governo federal vai disponibilizar as vacinas, provavelmente ainda em janeiro. Se isso não ocorrer, o RS já tem uma intermediação com o Instituto Butantã para fazer a compra diretamente — relatou Adiló.
VOTAÇÃO DO ICMS
No dia da audiência, o governador estava atento ao desenrolar da votação da manutenção das alíquotas majoradas de ICMS pela Assembleia. Não foi o melhor dia para visita. O governo conseguiu a manutenção das alíquotas especiais para energia, telecomunicações e combustíveis em 30%, mas só para 2021. Em 2022, elas retornam ao patamar dos 25%. Já a alíquota geral em 2021 fica em 17,5%. O governo queria 18%. E depois volta para 17%. Não saiu como o governo queria, mas foi o possível, e ainda obtido mediante acordo com a bancada petista, que colocou como contrapartida do governo a destinação orçamentária de R$ 1,5 bilhão para a vacina contra a covid-19, caso o governo federal não disponibilize o imunizante.