Nivaldo Pereira
Revi recentemente o filme O Evangelho Segundo São Mateus, de Pier Paolo Pasolini, cineasta italiano lembrado em março pelo seu centenário de nascimento. Tanto desta vez como da primeira, cheguei ao fim do filme tão emocionado quanto impactado. O roteiro foi extraído rigorosamente do evangelho de Mateus, sem licenças ficcionais. Todas as falas de Jesus são passagens bíblicas literais. No entanto, a fotografia em preto em branco; gente do povo, e não atores, vivendo os personagens; cenários naturalistas e minimalistas, distantes do padrão de Hollywood, e um Jesus de tom áspero e contundente dão a marca autoral de Pasolini ao filme – e a genial originalidade deste.
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