Era uma mudança até previsível. Desde que iniciou sua caminhada na Série C, com um longo período de preparação, o Caxias não empolgou. Argel bem que tentou mexer peças, mudar o esquema, mas faltou algo. E aí podemos falar de uma série de questões importantes para o momento delicado que vive o time grená.
O primeiro deles diz respeito a qualidade do elenco. De certa forma, a recuperação na reta final do Gauchão, com a classificação às semifinais, pode ter mascarado um pouco as carências do grupo. O próprio Argel foi taxativo ao falar antes do campeonato que chegariam apenas peças pontuais. Era pouco.
O Caxias dispensou atletas sem trazer reposições. Além disso, a partir da estreia desastrosa em casa contra o Athletic, o treinador abriu um leque de descartados que pode ter feito o vestiário virar contra ele. A impressão era de que o grupo não estava totalmente fechado e coeso em um mesmo objetivo.
Além disso, em campo, faltou repertório ao Caxias nos jogos em que esteve mais próximo de algum resultado positivo, principalmente contra Sampaio Corrêa e Ferroviária. Enfim, não havia mais clima para a sequência e a troca era necessária. Mas não pode ser a única ação do clube.
Se quiser sair desse cenário, o Caxias precisará ser assertivo nas suas escolhas, tanto para o comando quanto para os reforços, fundamentais para o momento de retomada.