O futebol realmente é dinâmico. E permite uma variação de atuações tão grande como a que se viu do Juventude nas duas últimas rodadas. Todos os adjetivos positivos utilizados após a vitória sobre o Corinthians, na quarta-feira, desapareceram no duelo seguinte, diante do Botafogo.
Desatenção na bola parada, marcação frouxa e uma expulsão em lance desnecessário, na intermediária, foram apenas alguns dos pontos que fizeram o time de Roger Machado ser goleado no Engenhão. Sem a competitividade demonstrada nas últimas partidas, o Juventude sucumbiu diante dos seus próprios erros.
Em boa do primeiro tempo, o Botafogo deu claras demonstrações que tinha fragilidades a serem exploradas. Só que o Juventude não soube sequer chegar perto de incomodar o adversário. Sem Jadson, a equipe perdeu seu motorzinho no meio-campo e Mandaca não conseguiu corresponder na função. Na zaga, o desempenho de Lucas Freitas foi ainda mais desastroso, com pênalti cometido e expulsão.
Com a inferioridade numérica, a defesa ficou mais exposta e aí pesou a falta de atitude na marcação. Mais espaço, mais gols. Roger optou por ter velocidade no ataque, mas pouco conseguiu assustar Gatito.
Foi uma noite para o Juventude apagar da sua jornada. Mas, ao mesmo tempo, deixa lições importantes. Não dá para entrar em jogo da Série A desatento, em um ritmo morno. Para a equipe permanecer na elite, precisará ter corda esticada a todo momento, em todos os duelos, mesmo que em muitos deles saia derrotado.