O feito histórico não veio. Mas o Caxias fez frente ao Grêmio na Arena. Para quem imaginava uma goleada, o jogo ficou em aberto até os acréscimos da segunda etapa. O time grená não se apequenou, lutou até o minuto final e saiu de campo com o torcedor valorizando a entrega da equipe diante de um gigante do futebol gaúcho.
Em um primeiro momento, o Caxias de Thiago Carvalho cumpriu o que o técnico prometeu. Tentou ficar com a bola e investir pelo lado esquerdo da defesa gremista, nas costas de Reinaldo. Só não foi efetivo a ponto de criar alguma chance de maior perigo. Mesmo assim, soube evitar a temida pressão inicial.
Após 20 minutos de um duelo igual e com poucos espaços, a partida mudou. O Caxias errou feio com Marlon e Suárez acertou a trave. O lance animou o jogo. Com passes curtos e aproximação entre os meias e atacantes, o time da casa passou a empurrar o Caxias para trás. E levou muito perigo em, pelo menos, três lances. O goleiro Bruno Ferreira voltou a ter papel fundamental para que a equipe conseguisse chegar ao intervalo sem sofrer gols.
O cenário ficou ainda mais de ataque contra defesa na segunda etapa. O Grêmio não conseguia concluir e o Caxias jogava pelo contra-ataque. E teve a primeira grande chance nos pés de Peninha, após bela tabela com Eron. Adriel salvou o chute que iria no ângulo. Logo na sequência veio o lance que definiu o jogo. O pênalti de Marcelo em Suárez, com marcação definida pelo VAR, foi determinante. O uruguaio bateu firme, abriu o placar e fez o Caxias ir para o tudo ou nada.
A partir daí, não faltou dedicação. O Caxias voltou a ter posse de bola, a jogar pelos lados de campo, mas aí não teve o algo a mais para buscar o empate. Mesmo sem ser mais assustado pelo Grêmio, o time de Thiago Carvalho, já com as cinco mudanças, não teve força e qualidade para igualar o placar e levar o jogo para os pênaltis.
A lamentar apenas o lance inexplicável e a agressão de Vini Spaniol em Adriel, no último ato da partida. Algo que não diz o que foi o Caxias no Gauchão. O Grená fez muito, mas bateu no teto. Tem um goleiro gigante, um grande zagueiro com a liderança de Dirceu, bons valores como Vini Guedes, Marlon, Peninha e Eron, mas precisará manter a sua força para o principal objetivo da temporada, a Série D. O caminho traçado nesses primeiros meses do ano é fundamental para que a conquista venha no Brasileiro.