Nos minutos finais da partida em São Luiz, em sua narração na Gaúcha Serra, o Eduardo tentava ser otimista diante de um cenário desalentador. Afinal, só faltava um golzinho. Um empate e a vaga estaria garantida.
O gol não veio e a sensação ao final da jornada esportiva é de que está cada vez mais difícil ser otimista no futebol de Caxias do Sul. Nos últimos meses, mais para o lado alviverde, é claro.
Em toda a coluna ou espaço de opinião, aqui ou na Gaúcha Serra, tento buscar pontos positivos, aquele alento ao torcedor, tão machucado desde a última temporada. Ao mesmo tempo, é também nossa função apontar e detalhar alguns fatores que não contribuem para essa falta de evolução.
Nas últimas semanas, e principalmente depois dessa eliminação para o São Luiz, o sentimento é de que fica cada vez mais difícil defender o indefensável. O Juventude continua, assim como foi em boa parte de 2022, fazendo muita força pra jogar. Não falta apenas qualidade no elenco. Mesmo as peças que se destacam e que tem potencial para mostrar mais sucumbem diante de um time espaçado, sem criatividade e que pouco mostra coletivamente.
Para piorar, seguem os gols com desvio, as falhas individuais, as expulsões bobas. O Juventude se repete, por vezes até piora em relação a ele mesmo, e isso só faz o otimismo do torcedor e de quem analisa o futebol alviverde ir morrendo aos poucos.
Se nada mudar, o Ju não se classifica para o Gauchão, ficará na dependência de resultados da dupla Gre-Nal para estar na Copa do Brasil de 2024 e, mais do que isso, vai iniciar a Série B, seu principal campeonato no ano, em crise e distante do torcedor, que não acredita mais nos milagres de outrora.