A reconstrução tão citada pela direção e pela comissão técnica do Juventude a cada uma das poucas entrevistas neste início de temporada sofreu um grande baque. A eliminação na Copa do Brasil, na noite desta quinta-feira (23), diante do São Luiz, além de se tornar um problema financeiro, pelo fato de o time perder R$ 1,4 milhão, deixou claro que o caminho percorrido até aqui precisa ser repensado.
O Juventude de Celso Roth evolui a passos muito lentos. A insistência com alguns jogadores, como o atacante David, fazem o torcedor questionar as alternativas do grupo. Afinal, os guris da base Rafinha e o escanteado Ruan não seriam opções melhores? E o que falar da entrada de Walce como terceiro zagueiro quando o time precisava atacar mais? Difícil de entender.
O time alviverde tem muitas dificuldades para criar. Não tem movimentos táticos trabalhados. Depende quase que basicamente de jogadas individuais de Mandaca, de algum passe diferente de Vitinho ou do oportunismo de Rodrigo Rodrigues. Fora isso, muita ligação direta, pouca aproximação entre as linhas e um futebol burocrático. Na defesa, ninguém passa segurança ou pode ser considerado um titular incontestável, do goleiro ao lateral-esquerdo.
Para completar, repetindo o que já aconteceu em alguns momentos de 2022, parece faltar gana pela vitória. Em Ijuí, diante de um rival mais fraco tecnicamente, o Juventude se apequenou na segunda etapa, não entendeu e não se adaptou a um jogo diferente e acabou sucumbindo contra o São Luiz. Ainda teve o goleador expulso por reclamação. Mais um vexame pra conta.
No Juventude de Celso Roth, no qual os treinamentos são fechados e os jogadores concedem pouquíssimas entrevistas, a campanha de 2023 tem sido apenas suficiente para evitar um fiasco ainda maior no Gauchão. Porém, pensar em classificação ou até num bom início de Série B, parece algo distante pelo que a equipe tem apresentado até agora.