É quase sempre no detalhe. E, outra vez, ele foi contra a Seleção de Tite. Não teve um único vilão ou uma atuação abaixo do esperado. Teve a chance na mão, a vantagem e o desperdício. Além, é claro, dos méritos da Croácia, um adversário persistente, experiente e de muita qualidade técnica.
A Seleção Brasileira criou para vencer, quem sabe, ainda no tempo normal. Especialmente na segunda etapa, quando foi mais agressivo após as entradas de Rodrygo e Antony. Não foi o suficiente. O Brasil parou no goleirão croata e em sua própria incapacidade de fazer a diferença. Peças importantes, Raphinha, Vini Jr e o próprio Neymar jogaram menos do que deles se esperam. Só que um craque como Neymar pode decidir em um lance. E foi assim, tabelando com Rodrygo e Paquetá, que abriu o placar, no finalzinho da prorrogação.
A parada parecia estar resolvida. A Croácia não ameaçava, mas aí veio o contra-ataque. Sim, um contra-ataque na prorrogação, talvez o grande e único erro do Brasil na partida. Os croatas aproveitaram cada espaço e ainda contaram com o azar de Marquinhos, que com seu desvio no joelho tirou Alisson por completo do lance.
O empate abalou o time e a vaga foi decidida nos pênaltis. O momento de maior pressão. Rodrygo sentiu. Neymar não cobrou e o Brasil bateu na trave de novo. No chute de Marquinhos, o sonho do hexa acabou.
Um desfecho triste para o trabalho de Tite, que mais uma vez não conseguiu ultrapassar a barreira das quartas de final. Um final de ciclo para alguns jogadores, como Thiago Silva e Daniel Alves, e uma experiência importante para os guris que ingressaram neste ciclo. Enfim, a dolorosa derrota deixa também lições de amadurecimento e efetividade em jogos tão equilibrados. O detalhe, de novo, fez a diferença.
Agora, um novo comandante vai assumir e os próximos passos para chegar forte em 2026 passam justamente por essa escolha da CBF.