O Juventude de Lucas Zanella cumpriu com sua missão inicial. Não falo sobre empate ou vitória contra o Corinthians, obviamente. O treinador interino e a equipe que ele mandou a campo precisavam, pelo menos, voltar a competir. Mostrar um mínimo poder de indignação diante da situação ruim no Brasileirão. Algo simbólico, mas que não vinha acontecendo nas últimas rodadas.
Em um primeiro tempo em que mostrou uma atitude diferente, o time alviverde teve em Rafinha o seu principal destaque. Não apenas por criar as principais oportunidades de gol, inclusive colocando uma bola na trave, mas por simbolizar uma cara diferente da equipe. Mesmo ciente das dificuldades, não deixou de jogar, não deixar de brigar e tentar reagir na partida, após sair atrás, com o gol de Giuliano.
Veio a segunda etapa e a saída de Rafinha surpreendeu a todos pelo desempenho que vinha apresentado. No seu lugar, Oscar Ruiz, tão ineficiente nas últimas partidas, entrou com o torcedor questionando a mudança. Só que o paraguaio precisou de apenas um minuto e dois toques na bola para empatar a partida.
O gol animou o torcedor, que ainda viu o Corinthians voltar a ficar na frente do placar, em um erro de Chico na saída de bola que culminou na finalização perfeita de Yuri Alberto. Só que aí, de novo, o Juventude fez diferente. Não esmoreceu, seguiu lutando e tentando reagir. Após um erro de passe, Oscar Ruiz brigou pela bola, roubou de Bruno Mendez e ela ficou limpa para Pitta empatar de novo.
Diante de um rival com muita qualidade, o Juventude conseguiu fazer um enfrentamento equilibrado até o fim. Brigou por cada bola, teve uma dose de sorte com a bola na trave de Gustavo Mosquito, e recebeu até alguns aplausos no apito final. E claro que o torcedor também deve ter pensado: "Por que não foi assim antes?".