O acerto do Juventude com Celso Roth deve ser oficializado em breve. Seja por questões burocráticas, financeiras ou até mesmo por uma confirmação do rebaixamento no Brasileirão, o clube ainda não dá como certa a contratação, mas o experiente treinador é o favorito para comandar esse processo de reconstrução para 2023. E já deve estrear na reta final da Série A para observar o grupo.
Roth não seria a minha primeira opção para o momento. Obviamente sei da sua capacidade como treinador e da intenção da direção alviverde de trazer um nome cascudo, que tenha o respaldo para blindar o vestiário nesta fase de retomada. Mas será que isso basta? Pode dar muito certo, mas existe um risco, como em qualquer escolha.
Um grande complicador são os seis anos que o técnico está afastado das casamatas. Desde então, muita coisa mudou, seja na rotina dos atletas dentro e fora de campo, ou em questões táticas e de treinamento. Não vejo o treinador como ultrapassado, mas qual Roth chegaria ao Ju?
Nos últimos anos, outros técnicos conseguiram, mesmo após um período fora dos holofotes, reconstruir suas carreiras. Dorival Júnior e Luxemburgo são dois casos. Só que a realidade do Ju, especialmente no aspecto financeiro, é de fazer mais com menos. Roth chegaria em uma perspectiva bem distante da que vivenciou nos seus últimos anos, atuando na elite nacional.
Sem tantos recursos, será fundamental contratar bem e acertar em cada detalhe. E isso começa por esse ajuste entre comando e comandados.