Tornou-se uma mudança inevitável. Até pode soar com uma dose de injustiça, afinal foram só cinco jogos, com uma pré-temporada curta e um grupo reformulado. Mas também, mesmo nesse curto espaço de tempo, parecia pouco provável que o Juventude conseguisse fazer algo diferente para escapar do vexatório rebaixamento sob o comando de Jair Ventura. O treinador estava claramente incomodado pela falta de peças e de resultados na largada do ano. E, sendo assim, era preciso mudar para tentar evitar o pior.
Os dois pontos em 15 possíveis foram preponderantes. E por mais que Jair Ventura não seja o único culpado pelo mau momento do time, as escolhas da comissão técnicas nas duas últimas rodadas pesaram. Seja por insistências táticas ou mesmo de nomes. Afinal, não se explica a manutenção de Chico como titular. Ou a sequência com três atacantes e três meio-campistas, sem um criador. Ou as sete mudanças para encarar o União-FW.
Até pela impossibilidade de acompanhar o dia a dia do clube e os treinamentos, fica mais difícil entender o ambiente do time. O que fica claro é que existem carências no elenco e algumas das peças que foram contratadas para serem soluções até agora não deram o resultado esperado. É claro que é cedo para avaliação definitivas, mas a mudança de atitude e de nomes precisa também passar por quem está dentro de campo.
Jair Ventura é o quinto técnico de time de Série A demitido nesta largada de ano. O futebol é cruel, não dá tempo e exige resultado. Além disso, muitas vezes se repete em suas histórias. O Jair que salvou o Sport em 2020 e não conseguiu ter sequência no ano seguinte, acabou tendo o mesmo final no Juventude.