Mais uma vez, o Juventude produziu, apresentou um futebol convincente e digno de quem merece estar na Série A do Brasileiro em 2022. O diferente esteve justamente no resultado. Se o torcedor saiu do Alfredo Jaconi lamentando muito os empates sem gols contra Bahia e Ceará, nesta quarta-feira (10) teve a chance de lavar a alma e, depois de mais de um ano e meio, comemorar das arquibancadas uma vitória da equipe alviverde, e diante de um grande rival.
O 2 a 1 contra o Inter serve para fazer a equipe de Jair Ventura ganhar uma força extra em sua complicada batalha para permanecer na elite. O resultado não seria definitivo para a situação na tabela, mas um novo tropeço em casa, emocionalmente, seria um golpe praticamente fatal. Por outro lado, ao derrotar o Colorado, a equipe ganha confiança para os oito jogos restantes na competição.
O caminho está longe de ser fácil, mas aquilo que o Juventude demonstra em campo dá esperança para os jaconeros. Mesmo com a clara limitação técnica dos seus zagueiros, o Ju soube segurar o ímpeto colorado, e ainda teve uma dose de sorte. Do meio pra frente, Castilho voltou a ser decisivo na bola parada e a dupla Jadson e Dawhan teve atuação praticamente perfeita. Mesmo sem gols, Sorriso e Ricardo Bueno também se destacaram pela movimentação e persistência. Além disso, a opção por um meia mais criativo, com Wagner e depois Wescley mostrou-se acertada e deixou a equipe fluindo melhor.
No fim das contas, o Juventude foi melhor que o Inter. Produziu mais na primeira etapa, mas acabou sendo mais dominante na segunda. Resultado cheio de méritos e que vale renovar a esperança de que ainda é possível. Com 24 pontos por jogar e com 33 na tabela de classificação, a Série A de 2022 é uma realidade palpável.
