Chega a ser até difícil dimensionar em palavras o que representa o jogo de domingo (17) para a SER Caxias. Não apenas para o grupo que estará em campo, os atletas, a comissão técnica e a direção atual, mas para o clube em si, sua torcida.
É muito difícil manter um clube desse porte e fazer futebol no Interior. As dificuldades financeiras, ampliadas pela pandemia, deixam um cenário muito sombrio para os próximos anos. É claro que existe o planejamento, a importante retomada das categorias de base, e, principalmente, a força de uma camisa vestida por muitos torcedores apaixonados. Mas, para o Caxias voltar a ser grande no cenário nacional, a saída da Série D é fundamental.
A Quarta Divisão pode até ser um caminho de início para times do Interior que buscam a reconstrução ou estão no começo de um projeto. Para equipes como o Caxias – e como foi também para Brasil-Pel e Juventude –, a Série D precisa apenas ser passageira. Não é rentável e nem traz visibilidade. É quase como o fundo do poço.
O Caxias já teve duas outras chances de sair dessa situação e não conseguiu. De domingo, em Natal, não pode passar. É hora de deixar para trás todas as frustrações e olhar para o futuro. De apagar as falhas na hora decisiva e fazer um grande jogo no Frasqueirão.
Em Natal, o Caxias precisa escrever uma nova história. Chega de ficar no quase. É o domingo para conseguir o acesso e um novo horizonte para a temporada de 2022.