Na transmissão do jogo entre Juventude x Cuiabá, no sábado, pela Rádio Gaúcha, o narrador Marcelo De Bona chegou a fazer um elogio ao grupo de Marquinhos Santos pelo fato de ter dois jogadores com características cada vez mais raras no futebol brasileiro. Além de exaltar essa situação, fiz questão de valorizar o quanto Wagner acrescentava ao time alviverde pela sua capacidade técnica e visão de jogo.
De fato, não tem sido fácil ver um meia articulador eficiente atuando na Série A. E o Ju, que iniciou a temporada com Wescley sendo o camisa 10, havia conseguido dar espaço para a retomada de um jogador diferenciado.
Só que em uma competição longa, nem tudo são flores. E o mesmo elenco que tinha dois criadores pode ficar sem nenhum. Wagner (que veste a camisa 20) se lesionou diante do Cuiabá e ficará afastado por algumas semanas. Wescley ainda está no processo de retomada, mas deve voltar em breve após um problema no tornozelo. Porém, ainda não se sabe se terá condições de encarar o Athletico.
O fato é que Marquinhos Santos deve ter pensado muito em formas de utilizar os dois – Wagner e Wescley – juntos em algum momento. Só que isso não foi possível até aqui.
Outra certeza é que o Juventude precisa de um deles em campo para ser uma equipe mais criativa, fugir do lugar comum. Quem sabe, com a volta do camisa 10, não venha também a segunda vitória fora de casa na competição.