Ninguém quis se arriscar muito no Estádio Centenário. O Grêmio teve mais a bola, mas de forma extremamente burocrática. O Caxias marcou, marcou e, quando teve a bola, não conseguiu contragolpear.
Em um jogo fraco tecnicamente e com quase 60 faltas, o resultado de 0 a 0 ficou de bom tamanho. De certa forma, o empate parece ter agradado a ambos. O Caxias segue dependendo apenas de si para chegar às semifinais. Já o Tricolor, em meio ao processo de troca de comando, não perdeu e evita assim um possível encontro precoce com o Inter nas semifinais.
De toda forma, analisando apenas o lado grená, faltou um pouco da ousadia que se viu nos jogos de 2020. Até pela qualidade gremista, a proposta de jogo não poderia ser tão diferente. Primeiro se marca para depois ser efetivo nas chances que possam ser criadas. Só que o Caxias não criou quase nada. Em alguns momentos, perdeu contra-ataques porque foi lento. Em outras vezes, faltou um capricho maior no último terço do gramado.
Com John Lennon como extrema e Eduardo Diniz e Bruno Ré nas laterais, o Caxias foi mais precavido. Por outro lado, perdeu velocidade. Gustavo Ramos fez falta. E, nas modificações de Lacerda, pouco foi acrescido. Diogo Oliveira acabou sendo mais participativo do que John Cley, mas ineficiente. A destacar o bom desempenho da dupla de zaga grená, segura e sem sustos.
Sendo assim, se a vitória não veio contra o Grêmio, o jogo diante do Ypiranga, na próxima terça-feira, passa a ter caráter ainda mais decisivo. Especialmente se o Juventude confirmar a sua supremacia técnica diante do Esportivo.