Persona sempre inquieta, o artista plástico e estilista caxiense Sergio Lopes reafirma o fôlego de sua criatividade com um novo projeto, o Société des Poètes, que vai unir moda e lifestyle com seu toque pessoal sempre requintado.
— Esse projeto vem de um desejo de fazer algo autoral que há muito não fazia. Vem do exercício do meu cotidiano com os alunos de Moda da UCS e de ouvir os amigos que gostam do meu jeito de viver com alegria, ironia e um pouco de sofisticação — diz Sergio, cheio de personalidade.
O sugestivo nome da empreitada do criador quer propor a possibilidade do exercício da poesia e do bom gosto de forma coletiva e materializada.
— Acredito que todo mundo gosta de ser um pouco poeta para decodificar o mundo e, como o nome sugere, “société” é estar com as pessoas” — acrescenta o filho de Getúlio Borges Lopes (in memoriam) e Guiomar Jacob da Rosa.
Para este projeto, a inspiração para as criações de roupas, objetos decorativos e acessórios é a França.
— Sou um apaixonado por Paris, fiz muitas viagens para lá. Adoro flanar pelas ruas, moraria em qualquer lugar de lá. Está muito forte em mim isso. Gosto de falar, escrever e ouvir música francesa antiga — confessa, acrescentando outras razões para a paixão: — Da realeza à renovação, passando pelo estilo dos franceses, eles fazem desconstruções na Moda. E isso está no meu dia a dia.
Por conta dessas ideias, a proposta é também fazer referência a ícones da cultura francesa como os poetas Verlaine e Rimbaud, além da estilista Coco Chanel, que deve ser citada na opção pelo uso de preto e branco, além de listras nas roupas. Mas, isso também será acrescido de um toque autoral.
— O colorido será com a impressão de obras minhas nas peças — conta.
Para fazer chegar ao público esta boa nova, está criando uma coleção cápsula com peças numeradas. O motivo desta primeira leva é o poema As Sem-Razões do Amor, do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Para distribuir os produtos, planeja outra inovação.
— Queremos propor uma experiência de luxo, com uma caixa com fitas, perfumes, reproduções de obras minhas, em uma entrega delicada — diz ele, falando ainda sobre conceitos como o de roupas sem gênero, sem idade, sem tamanho específico.
Todas estas criações terão a presença de uma figura fetiche de sua arte, o coelho!
— Tenho obsessão por coelhos, que é o símbolo da marca. Eles são rápidos, ágeis, criativos e férteis — compara Sergio, que é um apaixonado pelo bom convívio social: — Antes da pandemia, gostava muito de receber em casa, que penso ser um espaço acolhedor. Acho muito chique mesmo fazer festa em casa. A mesa agrega a família, serve para compartilhar. Não sou de baladas — comenta.
Sergio também planeja encontros virtuais no Instagram com os futuros sócios de um clube especial, em mais uma de suas tantas novidades:
— Vamos criar o Club Société, para lives, encontros e dicas. Os próprios integrantes do clube poderão fazer trocas. Será um canal para mostrar trabalhos, serviços e produtos. Sou uma pessoa que transita pela cultura e gosto de consumir arte. Quero propor a circulação dessas informações — anima-se.