Poeta da imagem
O fotógrafo caxiense José Zignani, dono de uma trajetória profissional de 25 anos, celebra sua fase de bodas de prata com a sociedade. Sagitariano, o filho de Emilio Zignani e Ana Bertuol se revela cada vez mais atento aos detalhes e aberto a um leque de possibilidades que seu trabalho oferece nestes tempos modernos.
Qual a imagem que guarda da infância? A colheita de uva, na colônia dos meus avós. Todo ano durante as férias íamos ajudar na vindima, na verdade mais atrapalhar, mas era divertido.
Qual a passagem mais importante da tua biografia e que título teria se fosse transformado em obra? Sem dúvida o nascimento do meu filho, Valentino, depois minhas conquistas profissionais, mas ainda não consigo imaginar um título.
A melhor invenção da humanidade? A luz, sem dúvida! Até mesmo porque ela é a essência da minha profissão.
Traço marcante de sua personalidade? Perfeccionismo.
Quando teve o primeiro contato com a fotografia? Ela surgiu na minha vida em 1996, quando ingressei em um estúdio fotográfico. Em 2000 comecei a trabalhar por conta própria.
Quais as maiores dificuldades para um fotógrafo em início de carreira? Conquistar confiança, superar as expectativas e o principal é entender o que mais tem afinidade na área e seguir por esse caminho.
Onde busca referência para seus trabalhos? Elas estão sempre presentes, basta treinar nosso olhar. Acompanho moda, arquitetura e o trabalho dos fotógrafos do passado.
Na fotografia, quando o amadorismo dá lugar ao profissionalismo? Quando as pessoas valorizam, entendem a sua arte e querem consumi-la.
Quais áreas da fotografia considera mais promissoras atualmente? A fotografia sempre estará presente em nossas vidas, sempre terá necessidade de um bom profissional. Como uma tendência do momento a fotografia voltada ao marketing pessoal está em alta. O amanhã é difícil saber ao certo, mas acredito que todas continuarão muito relevantes.
Com a situação atual do mundo, acredita que o profissional de fotografia estará mais preparado para desenvolver trabalhos voltados à coletividade? Depois do que estamos vivendo tudo será diferente, o lado humano está cada vez mais latente em todos e quem não estiver preparado para o coletivo vai sofrer muito. São poucas as áreas que não exigem de pessoas serem pessoas.
Com sua experiência, que conselho daria para quem pensa em ingressar nesta carreira? Saber lidar com o lado artístico e comercial do negócio. Observo muitos se preocupando excessivamente com a arte e esquecendo a parte comercial da profissão.
De que maneira considera que o cenário atual está afetando o mercado da fotografia, e como isso vai impactar no futuro? O mercado mudou sim, estava sem muita referência em termos de valores, e isto serviu para olharmos de uma forma diferente para os serviços, e também fomos forçados a ter uma estrutura mais enxuta possibilitando assim uma redução geral de custos, e isso veio para ficar.
Quais perspectivas vislumbra para os futuros profissionais da área? A fotografia como em tantas outras áreas, exige ótimos profissionais. As pessoas tem buscado soluções para seus problemas, e aqueles que solucionarem com precisão não terão dificuldades. Cada vez mais o mercado será seletivo.
O que fazer para se manter criativo em tempos de isolamento social? Buscar projetos autorais que antes estavam encaixotados por falta de tempo e rever a produção de profissionais que te inspiram.
Com que mensagem encara o mundo? Que a vida pode ser melhor se cada um fizer a sua parte.
Do que precisa para ser feliz? Família e conquistar meus objetivos.
Gostaria de ter sabido antes... que o diferente é bom. Nem sempre temos que agradar a todos.
O que considera essencial para sobreviver? Controle mental e emocional.
Que músicas não saem da sua playlist? Cada momento pede um estilo musical, mas na minha playlist sempre tem Lift You Up, de Sean Koch; e It’s Time To Up, de La Femme.
Qual a palavra mais bonita da língua portuguesa? Saudade.
O que mais respeita no ser humano? Generosidade e a capacidade de se transformar.
Qual a sua ideia de um dia perfeito? Estar entre pessoas que fazem a diferença. Ah! E um pôr do sol.
Reflexão de cabeceira? Buscar ser melhor a cada dia.
Um hábito que não abre mão? Cuidar da saúde.
Uma qualidade: extrovertido.
Frase máxima? Acredite nos teus sonhos.