O Mundo Sensível de Victoria!
Aniversariante desta quarta-feira, a caxiense Victoria Menegolla, 26 anos, filha de Adelar Luiz Menegolla (in memoriam) e Patricia del Carmen Semhan, é uma talentosa produtora audiovisual que, desde o início do período de recesso social, retornou para a terrinha natal. Com formação em Imagem e Som pela Faculdade de Arquitetura, Design e Urbanismo da Universidade de Buenos Aires, ela vem realizando um trabalho que captura a sensibilidade de cada momento. A natureza e o convívio em família com suas irmãs; Dolores, Florencia, Francisca e seu irmão, Ismael, são o que inspiram os projetos dessa criativa e determinada escorpiana!
O que mais lembra da infância e que sonhos tinha para o futuro? Da família, das viagens para a cidade onde a minha mãe nasceu, das aventuras com minhas irmãs e irmão, das histórias loucas que meus pais contavam. Meu sonho para o futuro era contar essas histórias, capturar os momentos e eternizar essa nossa breve existência no tempo.
Qual é a sua história com o audiovisual, como começou e por que decidiu seguir por esse caminho? Existe algo muito incrível na arte de contar histórias através de imagens. Dar forma audiovisual a uma ideia sempre me fascinou. A gente consome histórias o tempo todo, é basicamente o que nos constrói como pessoas. E eu queria fazer parte dessa narrativa, inspirar pessoas e colocar o meu grãozinho de areia para fazer do mundo um lugar melhor.
As pessoas fazem alguma ideia muito diferente do que a sua profissão realmente é? Na verdade acho que ninguém realmente entende o que estudo e o que faço. É uma carreira confusa, Design de Imagem e Som (Diseño de Imagen y Sonido) e ao mesmo tempo, não. Porque é realmente isso, Imagem e Som em todas as suas formas. Desde cinema, a instalações artísticas e publicidade. As possibilidades são infinitas.
Qual a passagem mais importante da tua biografia e que título teria se fosse um filme? Mudar-me para a Argentina. Sair da minha zona de conforto e ir para um lugar completamente diferente sempre é assustador, e emocionante ao mesmo tempo. Superar esses medos e desafios me fez quem sou agora e não me arrependo de nada. Minha jornada não terminou e não pretendo parar tão cedo! Então o título não seria de um filme, mas sim de um primeiro episódio: Araoz y Córdoba.
Quais os seus trabalhos ou projetos preferidos? Qual o motivo? São os que produzi com amigos e colegas, mas vai além do resultado. O processo de realização é o que realmente me encanta, todos colocando sua máxima dedicação, esforço e carinho para criar juntos. Esses são os melhores projetos.
Se pudesse voltar à vida na pele de outra pessoa, quem seria? Acho que gostaria de voltar à vida na pele do incrível apresentador, locutor e naturalista britânico Sir David Attenborough. Sempre foi um sonho estar em contato com a natureza e capturar a vida selvagem no seu habitat natural. Que trabalho tão extraordinário poder narrar histórias que parecem até de filmes de Hollywood, nas quais os animais são os protagonistas e a natureza, um enorme estúdio.
Quais músicas não saem da sua playlist? Neste momento são LP, Anderson Paak, The Weeknd e todos os clássicos dos anos 1980 e 1990 que não saiam do repertório do meu pai.
Um filme para assistir inúmeras vezes: Big Fish. Um filme cheio de significados, que mistura a realidade e a fantasia. Fala muito do poder da imaginação e como interpretamos o cotidiano por meio de nossa subjetividade, medos e crenças.
Qual a principal diferença que observa entre a capital argentina Buenos Aires e Caxias do Sul? A pluralidade de culturas, de pessoas e de realidades e as portas que essa diversidade abre! Isso, com certeza, me fez direcionar os olhos para muitas situações.
Quem são suas referências e inspirações? Sou completamente apaixonada pelas obras de arte que são os filmes do Studio Ghibli. É uma das coisas que mais me tocou e inspirou, e definitivamente me fez chegar onde estou agora. Apesar de não expressar minha arte da mesma forma, através da animação, busco transmitir essa mágica, sensibilidade e ternura, e essa relação íntima com a natureza em minhas imagens.
Busca estabelecer relações no seu trabalho com outras áreas, como design, arquitetura, arte? Com certeza. Meu trabalho sempre está diretamente relacionado a todas as outras áreas. Quando você pensa numa obra audiovisual, precisa pensar também na arquitetura, no design (que está presente em tudo), na mensagem e na forma.
Uma qualidade: versatilidade. O que é positivo e negativo ao mesmo tempo. Gosto de design, fotografia, desenho, pintura, animação, música, dança, e tantas coisas mais. É muito difícil escolher só uma!
Um defeito: tenho pavio curto e fico estressada com muita facilidade, é algo que sou consciente e venho me esforçando para melhorar.
A melhor invenção da humanidade? A arte e a capacidade de expressar a vida.
Gostaria de ter sabido antes... que somos todos iguais. E que nossos sonhos não são menos importantes ou válidos que os dos outros.
Um hábito que não abre mão? Não abro mão do meu momento preferido do dia, a hora da “merienda”. Não pode faltar aquele mate com pão de queijo, e de vez em quando, umas deliciosas e tradicionais medialunas argentinas.
Quais são os seus planos para o futuro? Me especializar e continuar estudando. Quero conhecer novos lugares, me informar sobre o mundo, aprendendo e me conhecendo.
O que fazer para se manter criativa em tempos de isolamento social? A arte é uma expressão do nosso subconsciente. Então, que melhor momento para expressar tudo o que sentimos do que agora? O isolamento nos faz refletir, questionar e enfrentar a nós mesmos. E podemos escolher não fazer nada com tudo isso, ou transformar em arte.
O que tem feito para impactar o mundo e as pessoas de maneira positiva? Pode parecer pouco, mas tenho constantemente estado aberta e receptiva para novas visões de mundo e mudanças na nossa realidade. Me desconstruindo e revendo a minha forma de ver as coisas, me reavaliando e tentando sempre ser melhor que ontem. E acho que se todos nós fizéssemos um pouco isso, de tentar entender o outro e ser mais tolerantes, o mundo seria um lugar melhor.
Reflexão de cabeceira? Sempre acredite em si mesmo. Faça isso e não importa onde esteja, você não terá nada a temer.
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Mãos à massa
O Projeto Mão Amiga mantém as ações beneficiando seus programas assistenciais e um deles será realizado na sexta-feira, dia 27. A Noite das Massas, desta vez, será um evento que promoverá a viabilização da proposta Fortalecendo Famílias, que atendeu mais de 7,5 mil crianças em seus 11 anos de existência. Serão sete cozinhas, reunindo 40 voluntários. Complementando a porção de massa, o kit também terá uma salada, uma sobremesa, o brownie do Chef Rubens Paiz e um vinho Casa Corba. Os interessados devem comprar antecipadamente seus ingressos, que custam R$ 40, nos pontos de venda ou com um voluntário do Mão Amiga e, no dia do evento, irão trocá-los pelo seu jantar no estacionamento da Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição (Capuchinhos) das 19h às 21h, em formato drive-thru. Para aqueles que quiserem apreciar sua massa em boa companhia, a partir das 20h30min, será realizada uma live com show da banda Rota 60, tocando grandes sucessos dos anos 1960, 1970 e 1980. A transmissão será feita pelo canal no YouTube da Noise Audio.
Cegonha
Conhecida professora de inglês e comandante da Santto Garimpo Decorações, Daniela Ferreira, e seu marido, o arquiteto Evandro Ferreira, estão que é pura felicidade. Acabam de saber que serão avós do primogênito de Lucas Ferreira e Aline Dambrós Zilio, o jovem casal espera pela chegada de um menino.
Refrescante
Monique Meneguzzi e Rafael Sebastiani investiram na abertura da Urca Matteo, que promete virar ponto de encontro no Verão. A ideia da dupla é oferecer os sabores dos famosos sorvetes. Além do tradicional buffet, apresentam uma novidade para os apaixonados por doces que é, na verdade, uma parceria com a La Vie Doceria.