Na prestação das contas do município no primeiro quadrimestre aos vereadores, nesta sexta-feira, na Câmara, o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, anunciou que um recurso de R$ 1,8 milhão será aplicado na compra de dois equipamentos para aproximação de voos em dias de pouca visibilidade, o chamado Papi (Precision Approach Path Indicator, na tradução em português, Indicador de Percurso para Aproximação de Precisão), um para cada cabeceira da pista, e instrumentos para balizamento noturno de voo. O valor tem como fonte as contas do próprio aeroporto. A expectativa do prefeito é de que a entrega dos aparelhos ocorra em 25 dias.
O secretário de Trânsito, Transporte e Mobilidade, Alfonso Willenbring Júnior, informa que o processo de compra já foi aberto e confirma o prazo “de 25 a 30 dias se não houver problema”, o que inclui o processo de aquisição e entrega. O prefeito também anunciou ampliação da área de embarque em 500 metros quadrados, com acréscimo de canais de inspeção (mais um raio X e um pórtico detector de metais) e a de desembarque em 300 metros quadrados, com mais uma esteira – hoje, só há uma. Ao todo, o conjunto dos equipamentos (Papi, instrumento para balizamento noturno, raio X, pórtico detector de metais e uma esteira) estão estimados em R$ 2,3 milhões.
– Hoje, temos um terminal suficiente para quatro, cinco voos comerciais por dia. Já tivemos, no início da semana, 11 voos. E quando há voos simultâneos, é muita gente – frisa Willenbring.
Segundo o secretário, as novas áreas já dispõem de projeto arquitetônico – não o projeto executivo. E cita que os recursos para uma ampliação de área física passam por parcerias com “lideranças e empresários locais, capitaneados pelo MobiCaxias (em campanha regional), que se dispõem naquilo que o município não puder suportar”.
O prefeito Adiló acredita que o espaço adicional será suficiente para instalação de postos da Polícia Federal, Anvisa e Receita Federal para cumprir requisitos para a internacionalização. Ele estipulou a conclusão das novas áreas em 40 dias. O secretário Willenbring é mais reticente, lembrando que é preciso submeter os projetos à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Lembra que, diante das circunstâncias, deve haver agilidade na liberação.