O jornalista Henrique Ternus colabora com o colunista Ciro Fabres, titular deste espaço.
No sábado (9), foi realizado o congresso estadual do MDB no auditório Dante Barone, da Assembleia Legislativa do RS em Porto Alegre. O evento marcou o fim do Mobiliza 15, em que lideranças do partido percorreram o Estado em busca de fortalecer a sigla e identificar potenciais candidatos para as eleições municipais de 2024. Um dos diagnósticos do presidente estadual e também prefeito de Rio Grande, Fábio Branco, para que a legenda "mantenha o protagonismo" é apresentar "candidato próprio a prefeito na maioria dos municípios possíveis" e também "ter vereadores em cada canto do Estado".
Os três ex-governadores emedebistas — Pedro Simon, Germano Rigotto e José Ivo Sartori — participaram do congresso, ao lado do atual vice-governador, Gabriel Souza, do deputado estadual e presidente da sigla em Caxias, Carlos Búrigo, e secretários do governo gaúcho, com Beto Fantinel, que comanda a pasta de Desenvolvimento Social e deve ser o candidato emedebista à prefeitura de Santa Maria.
Em levantamento interno parcial, em que foram ouvidos 392 presidentes municipais, o MDB estima ter cabeças de chapa em pelo menos 270 cidades gaúchas nas eleições do ano que vem.
De novo, o apelo a Sartori
Sobre as candidaturas, Rigotto afirmou que a unidade partidária é "pré-requisito" para o sucesso nas urnas em 2024, e ainda se colocou à disposição para contribuir com o fortalecimento e na formação de chapas. Pedro Simon endossou o conterrâneo, chegando a afirmar que "a história haverá de dizer que não teve exemplo tão fantástico da luta pela resistência, pelo amor e pela liberdade". O ex-governador de 93 anos também deu voto de confiança a Sartori para uma eventual candidatura à prefeitura de Caxias do Sul.
— Sartori, você precisa cuidar bem de Caxias, contamos contigo — apelou o caxiense Simon, que foi acompanhado pelo secretário Beto Fantinel:
— Sartori, a sua candidatura serve de incentivo e estímulo para todos os companheiros do Rio Grande.
Nem que sim nem que não
Como sempre, o ex-prefeito entre 2004 e 2012 manteve a cautela e, na resposta, apenas aconselhou ao partido para seguir cuidando da organização e mantendo o debate com as comunidades, sem confirmar ou não a candidatura.
— Vamos fazer o dever de casa — sugeriu Sartori.
