O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, já está retornando de Dubai, nos Emirados Árabes, onde participou da COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Adiló teve a companhia no evento do assessor jurídico da Secretaria do Meio Ambiente, Daniel Caravantes. Outro caxiense, o deputado estadual Pepe Vargas (PT), um dos representantes da Assembleia na COP28, deve retornar na próxima sexta-feira.
Entre as diversas agendas e encontros dos quais participaram Adiló e Pepe, os dois conversaram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad – na foto, o encontro, no segundo dia da programação, no qual esteve também o deputado estadual Zé Nunes (PT), à esquerda na foto.
– Ele (Haddad) foi informado que Caxias apresentará sua experiência de manejo da Mata Atlântica na COP (a apresentação foi domingo) e falou sobre o Plano de Transformação Ecológica que o governo federal está articulando sob sua coordenação – descreveu Pepe.
Do vice Gabriel ao G77
Os caxienses também conversaram com o presidente da Apex (a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Viana.
– Prestigiamos uma fala do vice-governador Gabriel Souza (do MDB), que falou sobre medidas para mudanças climáticas que o Estado estaria preparando, mas quero destacar que participamos do G77 mais a China, países que não são considerados ricos, embora a China já está em outro patamar, que fazem um debate sobre como se dará essa transição energética, essa descarbonização de atividades, e para isso há a necessidade de financiamento – disse Pepe.
Adiló detalhou plano caxiense no domingo
No domingo, o prefeito Adiló apresentou o Plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA), trabalho que motivou o convite para Caxias do Sul estar na COP28. Ele foi painelista da sessão Governança Climática Multinível e Multissetorial para a Adaptação e Resiliência, organizada pelo Governo do RS. O painel reuniu líderes locais, regionais e nacionais brasileiros e organismos internacionais para discutir o papel do trabalho integrado entre os níveis de governo e setores da sociedade para proteção e prevenção quanto aos riscos dos efeitos climáticos.
Muitos contatos
No sábado, o prefeito foi entrevistado pela diretora de comunicação da Fundação SOS Mata Atlântica, Afra Balazina, para explicar o projeto. No mesmo dia, o prefeito Adiló e o diretor da Semma acompanharam o lançamento da COP30, que será realizada em 2025, em Belém (PA). Adiló reuniu-se com a secretária executiva do Observatório do Código Florestal, Roberta del Giudice, e com o líder em Mudanças Climáticas do WWF-Brasil, Alexandre Prado. WWF quer dizer, em inglês, World Wide Fund for Nature, ou Fundo Mundial para a Natureza.
Protocolo de cooperação e impactos à saúde
Já na segunda-feira, houve uma reunião da comitiva do Rio Grande com o laboratório nacional de energias revováveis norte-americano para discutir possível protocolo de coooperação do laboratório com instituições de ensino superior do RS.
– Em outra pauta, houve debate sobre financiamento para ações sobre mudanças do clima para tentar impedir a marcha insana do aquecimento global, para que se cumpram as metas para impedir que se ultrapasse o aquecimento global acima de 1,5ºC antes da Revolução Industrial – destacou o deputado Pepe.
Ele também ressaltou reunião da OMS (a Organização Mundial da Saúde) com ministros da Saúde para discutir impactos da mudança do clima sobre a saúde.
– Acabam (as altas temperaturas) levando ao aumento das doenças endêmicas como dengue febre amarela – detalhou Pepe em uma rede social.