O PSB caxiense tem buscado equilibrar a equação eleitoral para 2024. Por suas principais lideranças, o discurso tem sido de “esperar” por um pouco mais de clareza quanto ao cenário para o ano que vem para tomar suas definições partidárias. A legenda tem, principalmente, três alternativas: apoiar a chapa do governo – do qual faz parte ao emprestar o nome de Wagner Petrini como secretário de Habitação –, que tem o nome do prefeito Adiló Didomenico (PSDB) colocado à reeleição; integrar-se a uma frente ampla de esquerda, que tem inicialmente colocado o nome de Denise Pessôa (PT) como alternativa principal, em sintonia com a participação do PSB no governo federal, ao qual empresta o nome de Geraldo Alckmin como vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, bem como em sintonia com a orientação partidária; ou manter uma tendência recente de estar junto com o MDB, nesse caso esperando uma definição do ex-prefeito e ex-governador José Ivo Sartori, convocado recentemente pelos emedebistas a entrar na disputa sucessória em Caxias do Sul. Então os socialistas caxienses falam em “esperar” por um cenário mais claro.
Surge, no entanto, o primeiro nome a defender um caminho para 2024. O secretário Petrini defende claramente a continuidade ao lado do governo. No fim de semana, houve uma confraternização de final de ano do gabinete de Petrini no salão da Igreja do Desvio Rizzo. Na foto acima, o secretário Petrini, o secretário do Meio Ambiente, João Uez, o prefeito Adiló Didomenico e o presidente da Câmara, Zé Dambrós, também do PSB.
– Agradeci a presença do prefeito, lhe parabenizei pela revitalização na entrada do Rizzo e falei que vamos fazer muito nos próximos cinco anos (o último ano do atual governo e mais quatro). Caxias precisa dessa continuidade – declarou.
Outro sinal tem vindo de Dambrós, que já disse que o PSB entrou “tarde demais” no Governo Adiló.
– Faço parte da direção do partido, estamos dentro do governo, temos muito a fazer logo ali na frente, nosso partido tem muita força comunitária e seguiremos trabalhando messe sentido. A carta branca que o Adiló me concedeu não pode passar batida. Dentro das discussões, irei defendê-lo, mas é cedo, nosso partido é unido e, na hora certa, anunciaremos o caminho – complementou Petrini.
Vaga de vice começa a ficar concorrida
A vaga de vice-prefeito começa a ficar concorrida. No caso da chapa do governo, ela pende para um cenário em que o secretário do Meio Ambiente, João Uez, ingressa no Republicanos e compõe a chapa. O Republicanos já fez convite a Uez, que está licenciado do PSDB. Não é um cenário fechado, mas uma tendência, que projeta um fechamento de espaço. Essa pode ser uma dificuldade para o PSB. No caso de uma eventual parceria com o MDB, ocupar a vaga de vice é um caminho aberto, há espaço. Já no caso de uma frente de esquerda, o PDT pode estar junto, e também com pretensões à majoritária.
No tabuleiro eleitoral, muitos movimentos ainda serão feitos.