Como os partidos de centro e de esquerda não estão se movimentando com visibilidade diante do cenário pré-eleitoral que se avizinha, o debate inicial sobre a sucessão para a prefeitura em 2024 ocorre no campo da direita, o que vem sendo repercutido pela coluna. Há movimentação bem recente, como uma tomada do comando do PL caxiense por recém saídos do Novo, articulada por lideranças dos dois partidos e pela representação estadual do PL. E esse movimento gerou mal-estar entre integrantes desse campo político.
A coluna apontou que o cenário à direita está congestionado pelo número de pretendentes, e listou três nomes: o já colocado pré-candidato à prefeitura, vereador Maurício Scalco (ainda no Novo, mas futuramente, em um futuro próximo, no PL), o secretário do Meio Ambiente do Governo Adiló, João Uez (licenciado do PSDB, mas ainda no PSDB), e o próprio prefeito Adiló Didomenico (PSDB), nome que tem a preferência para representar o governo na eleição. O nome de Adiló foi colocado como sendo de direita pela coluna, pelos valores e posições que ele defende, ainda que, como Uez, integre o PSDB, o Partido da Social Democracia Brasileiro.
Na sessão desta terça-feira da Câmara, Scalco, o primeiro nome que se colocou para a prefeitura, questionou que Adiló seja nome da direita:
– Se a gente pegar o governo Adiló, o líder do Governo Adiló (na Câmara, vereador Lucas Diel) é de partido de centro-esquerda, o PDT. O PSB é um partido de esquerda e está no Governo Adiló com secretários. A gente pega Flávio Dino (ministro da Justiça), PSB, vice (presidente Geraldo) Alckmin, PSB, vice do Lula. Então a gente pode chegar a uma conclusão bem clara: o Governo Adiló pode ser centro, com grande propensão à esquerda. Os fatos não negam. Se intitular qualquer um pode, mas a verdade e os fatos são outros – afirmou Scalco.
Mas há um descompasso entre posições do prefeito Adiló e a social democracia. Tanto é assim que Adiló abriu voto para o então candidato Jair Bolsonaro, do PL, na eleição para a Presidência. Os três nomes transitam com desenvoltura no campo da direita. Ninguém vai se descolar, porque a faixa desse eleitorado é grande em Caxias.
Mais próximo de quem?
Apesar da tese do vereador Maurício Scalco (Novo), de que Adiló é mais próximo da esquerda do que da direita, o prefeito compareceu a um compromisso da direita nesta terça-feira. Ele prestigiou a posse da nova executiva do Progressistas caxiense, sob a direção do vereador Alexandre Bortoluz (na foto acima).
“O ato formaliza o pontapé dos trabalhos sob nova perspectiva”, diz nota do partido enviada pela assessoria de Bortoluz.
A presença de Adiló atesta sua proximidade com partidos do campo da direita. Só para relembrar, o prefeito não foi ao ato de posse da nova executiva do PDT caxiense, partido do líder de governo, Lucas Diel, na sexta-feira passada (28/7).