O prefeito Adiló Didomenico pode obter algum alargamento, ainda que limitado a um novo partido, em sua base de apoio com a anunciada reforma do primeiro escalão, que ele deve anunciar em seu retorno de férias, no início de fevereiro. A principal conquista deve ser do PSB, o que não é desprezível, pois são três vereadores na base, mais o peso político do partido, porém, ainda não há certeza sobre o embarque dos socialistas ao governo. Depende de uma composição para a Câmara, que está se revelando mais complicada do que poderia se prever. Nos movimentos comentados, o PSB assumiria a pasta da Habitação, com o vereador Wagner Petrini. O atual secretário da pasta, Giovani Fontana, assumiria a Secretaria de Urbanismo no lugar de João Uez, que iria para o Meio Ambiente. Porém, para se realizar, essa articulação prevê o primeiro suplente para a Câmara, Idair Moschen, assumindo uma direção da Secretaria de Habitação. Mas ele prefere a Câmara.
Esse alargamento de base nem é o principal objetivo da movimentação administrativa, embora contemple um gesto de atenção a partidos da base que têm estado com o governo em votações importantes. Mas as trocas no primeiro escalão também buscam ajustar gargalos de gestão e contemplam o componente dos espaços políticos. Não há outra explicação para a saída de João Uez do Urbanismo, que comanda a principal realização do governo até agora, a regularização fundiária.
Outros partidos importantes, como PDT e MDB, não devem embarcar no governo. O PDT pode ter o vereador pedetista Ricardo Daneluz contemplado para a Festa da Uva ou Secretaria do Turismo, o que abriria espaço para o suplente Lucas Diel na Câmara. Porém, a sigla até emitiu nota assinada pela presidente Cecília Pozza dizendo que, “embora lideranças partidárias tenham sido convocadas e participaram de uma reunião com o prefeito, o PDT agradeceu e declinou do convite para compor o governo”. Já nomes do MDB frequentaram de forma incipiente a lista de cogitações para o secretariado e, por ora, o partido não chegou a chamar reunião para decidir sobre o assunto. Mas o presidente da sigla, Carlos Búrigo, destaca que o assunto será retomado depois das férias do prefeito:
– O Adiló fez uma conversa preliminar dizendo que tem intenção de ter o MDB no governo. Vamos voltar a falar depois das férias do prefeito. Também tenho que discutir com o partido.