Na CIC (a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul), ao ressaltar, na terça-feira, compromisso de um eventual segundo governo seu com a recuperação de estradas na região, o candidato Eduardo Leite (PSDB) relembrou, para refrescar a memória: o contrato de concessão das rodovias do chamado Bloco 3 (Serra e Vale do Caí) será assinado em novembro – após as eleições. O Corede-Serra trabalha com a informação de que a data é 6 de novembro e, a partir daí, a concessionária terá 30 dias para se instalar, até 6 de dezembro. Nesse momento, a cobrança nas praças já existentes – em Portão e Flores da Cunha – sofrerá atualização de valor.
Essas praças já em operação irão praticar os novos valores quando a concessão entrar em vigor. Sobre esses novos preços – R$ 9,83 em Portão e R$ 6,85 em Flores –, ainda incide a inflação entre a homologação (em maio) e a assinatura do contrato, com atualização pelo IPCA. Já a cobrança em dois sentidos, prevista em contrato, depende da construção das praças em nova localização. A de Portão deve ir para São Sebastião do Caí e a de Flores da Cunha, na RS-122, que hoje está no Km 99,5, passará para o Km 103. O recuo é o suficiente para evitar a alternativa do desvio do pedágio, que fica no Km 101.
Quanto à praça de Portão, o governo chegou a anunciar sua transferência para o Km 4 da RS-122, em São Sebastião do Caí, a quatro quilômetros da praça atual, mas ainda havia tratativas com a prefeitura do município quanto à sua localização definitiva.
A última reunião foi em julho, entre o governador Ranolfo Vieira Júnior e o prefeito Júlio César Campani, mais o deputado estadual Neri, o Carteiro. Ranolfo se colocou disponível para analisar possibilidades.
Nas praças de pedágio que precisam ser construídas – Farroupilha, na RS-122, Carlos Barbosa, na RS-446, e Ipê, na RS-122 –, a cobrança começará um ano após a assinatura do contrato, também com revisão das tarifas pela inflação do período. O primeiro ano será dedicado a trabalhos iniciais, como melhorias no asfalto, sinalização e capina. O segundo ano já deverá ter o início de obras previstas no pacote de investimentos. O edital previu que todas as obras devem ser executadas em um único ciclo, até o sétimo ano de concessão.
O programa abrange 271,5 quilômetros de rodovias, contemplando R$ 3,4 bilhões em investimentos, com 116 quilômetros de duplicações.