O ex-governador Germano Rigotto (MDB) desistiu de concorrer à Câmara Federal, possibilidade que admitiu no ano passado. Ele segue com a tarefa de liderar o plano de governo da pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet. É um dos fatores que influenciaram em sua tomada de decisão, pois afirma não conseguir se dedicar a uma campanha. Há outros fatores:
– Sei o que representa (a decisão), a expectativa que havia com uma candidatura minha. Teria de largar tudo e começar do zero. Outra razão são as emendas de relator, distribuição de dinheiro de forma vergonhosa, um quadro difícil de mudar. Foi uma decisão difícil, uma decisão pensada.
O MDB de Caxias, que tinha três possíveis pré-candidatos à Câmara Federal, agora só terá um: o ex-deputado federal Mauro Pereira, que agora tem um cenário bastante favorável. Outro que colocou o nome à disposição foi o vereador Felipe Gremelmaier (MDB). Ele disse que só iria para a disputa se Rigotto não fosse candidato, o que acabou se confirmando às vésperas do prazo da convenção partidária. Mas ele já retirou o nome, e não volta atrás.
– A decisão que tomei e tornei pública em 24 de junho segue a mesma. Minha decisão foi tomada naquele momento, sem condicionar novas mudanças no cenário.
"Tendência para coligação"
Rigotto diz que percebe um ambiente de alguma radicalização na decisão a ser tomada pelo MDB no próximo domingo, dia da convenção, sobre a candidatura própria, com o deputado estadual Gabriel Souza, ou a aliança em torno de uma candidatura de centro, indicando um nome para a vaga de vice (que seria o de Souza).
– Percebo uma tendência de passar a coligação – avalia.
Para Rigotto, a análise a ser feita pelo partido é onde poderia chegar:
– Aquilo que aconteceu comigo e com o (José Ivo) Sartori (sair atrás nas pesquisas e ganhar a eleição), era uma situação diferente. A análise é sobre a chance de êxito do partido se concorrer sozinho, sem estrutura (recursos financeiros), sem tempo de rádio e tevê. O outro (candidato de centro, Eduardo Leite, do PSDB) tem o recall do governo, coligou com o União Brasil, que tem muito tempo de tevê. Temos a chance de ver o que é melhor para o MDB no Estado daqui a quatro anos.