A coordenação do plano de governo da pré-candidata do MDB a presidente, Simone Tebet, ficará a cargo do ex-governador Germano Rigotto. Com a experiência de quem saiu de 2% nas intenções de voto para a vitória no Rio Grande do Sul em 2002, Rigotto não se abala com as pesquisas que mostram Simone com 1% ou mesmo traço nas pesquisas.
— Tenho certeza de que ela vai crescer quando ganhar visibilidade. É uma mulher preparada, inteligente, ficha limpa, com capacidade de comunicação e de articulação — elogia Rigotto, destoando dos companheiros que acham que Simone deveria ser vice de Sergio Moro (Podemos).
A indicação de Rigotto para coordenar o plano de governo foi formalizada nesta quarta-feira (9), na reunião da executiva nacional do MDB, em Brasília. Para a coordenação da área econômica Simone convidou a economista Elena Landau, que presidiu o BNDES e coordenou as privatizações no governo de Fernando Henrique Cardoso.
O MDB vai organizar nos próximos dias um encontro de Simone com prefeitos e outro com deputados estaduais. Rigotto, que em 2018 foi vice de Henrique Meirelles, diz que o clima hoje no MDB é totalmente diferente:
— O partido está mobilizado como não estava em 2018, e Simone é figura histórica no partido. Não precisa se apresentar. Meirelles era cristão novo e não tinha a capacidade de comunicação que ela tem.
A base para construção do plano de governo do MDB será o documento Todos por um só Brasil, editado pela Fundação Ulysses Guimarães (FUG), que tem a participação de outros dois gaúchos, o deputado federal Alceu Moreira, presidente da FUG, e o ex-senador José Fogaça.