Ganharam força nesta quarta e quinta-feira as articulações para montagem das chapas, em especial ao governo do Estado. A principal delas envolve o MDB. É a definição mais demorada do cenário estadual. A vinda esta semana do presidente nacional da legenda ao RS, deputado federal Baleia Rossi, tenta estabelecer um novo cenário, de integração do MDB RS a uma aliança de centro, e produziu efeito nesse sentido. Os argumentos são vários, entre eles as consequências de o partido ter de seguir na disputa sem uma aliança mais ampla, como bancadas menores, por exemplo.
O principal desses efeitos foi o indicativo aprovado pela executiva estadual do partido na quarta-feira, no sentido de "ampliar o debate em torno do projeto de sustentação do centro democrático", anota o site do MDB gaúcho. O texto traduziu o que isso significa: "A partir de agora, uma série de conversas será promovida internamente". A primeira delas, na segunda-feira, no âmbito da Associação de Prefeitos e Vices do partido, que reunirá seu colegiado. Esse fórum já emitiu sinais de inclinar-se a favor de uma aliança em torno do nome do ex-governador Eduardo Leite (PSDB) ao Piratini, mas a resistência dentro do partido segue forte.
Diante desse novo momento do debate eleitoral no partido, o MDB caxiense, por meio do diretório local, emitiu nota em defesa da candidatura própria ao governo do Estado. "O MDB de Caxias do Sul decidiu pelo apoio incondicional à candidatura própria do partido. Assim, nosso nome irrestrito ao Piratini nas eleições de outubro é o do deputado estadual emedebista Gabriel Souza", diz a nota, assinada pelo presidente do diretório municipal, Carlos Búrigo.
A definição sobre o rumo do MDB gaúcho se dará na convenção estadual, em 31 de julho, mas a indefinição até lá é prejudicial ao partido.