Junto com os lotes de rodovias a serem concedidos à iniciativa privada, que incluem 10 estradas da região, o governo do Estado também divulgou este mês o que chama de "premissas do projeto" para o programa de concessões. Ao todo, são 1.131 km de estradas nos três lotes - algumas das estão em outras regiões que não a Serra, Vale do Caí, Hortênsias e Encosta Superior do Nordeste. Entre essas premissas estão R$ 11,3 bilhões de investimentos até o final da concessão, isto é, em 30 anos, com investimento previsto de R$ 3,9 bilhões nos primeiros cinco anos. A ideia é, ao final da concessão, ter 70% da malha com pistas duplas ou triplas.
Os números são ousados. Mas sempre lembrando que o "final da concessão" é em 30 anos. Mais urgente é o volume a ser investido nos primeiros cinco anos.
O governo do Estado nunca hesitou em afirmar que a duplicação da RS-122, trecho entre São Vendelino e Farroupilha, é uma das prioridades do programa de concessões. Em sua participação no evento Simecs Transforma, na terça-feira (25/5), o governador Eduardo Leite reforçou uma informação, como se dizia antigamente, "alvissareira". Citou que a duplicação da 122 "é uma das prioridades para os próximos cinco anos". Está incluída, portanto, no investimento inicial dos R$ 3,9 bilhões.
Já o secretário de Parcerias do RS, Leonardo Busatto, chegou a falar em "pista tripla" em entrevista ao Pioneiro no dia 10 de maio, ensejando alguma dúvida. No entanto, logo depois, na mesma entrevista, ele confirmou a ideia da duplicação:
— A ideia é que se duplique a RS-122, em direção a Caxias, até o quinto ano da concessão.
Portanto, a palavra é duplicação.
O mesmo Busatto afirma que a expectativa é de que os consórcios vencedores iniciem a administração das estradas contidas nesses três lotes "no primeiro semestre de 2022". Coloque-se cinco anos em cima e temos um horizonte até 2027 para a duplicação da 122.
A conferir, com expectativa. É de se beliscar.